quarta-feira, abril 18, 2007

O PRÓLOGO DE SANTIAGO



Foto AMA MAGAZINE

Gerir os diferentes “tempos” que temos na vida não é tarefa fácil. Escrever aqui no blog em alguns períodos é deixar muitas outras coisas igualmente importantes por fazer. A minha ausência neste espaço explica a necessidade de estabelecer algumas prioridades na gestão desse “tempo”. Agradeço a todos os que, mesmo sem terem o “alimento” das histórias que aqui coloco, souberam deixar comentários de amizade e incentivo. Prometo estar “presente” mais vezes.

Muitas “águas correram debaixo das pontes” depois de eu ter aqui escrito pela última vez. Falemos daquelas que ainda levam intacta a esperança de começar dia 28 deste mês uma das aventuras de corrida mais originais até agora organizadas em Portugal: o “Caminho de Santiago Trail Aventura”.
Como puderam ter acompanhado ao longo de 5 meses aqui e no meu anterior blog o “Homem da Maratona”, a minha preparação para esta prova vai na 23ª semana. Recordo agora que se está a aproximar a data do seu início, os momentos mais marcantes desta preparação ao qual dei o nome de “Prólogo de Santiago”. Dividirei estas histórias por cinco, correspondem ao número de meses de preparação para a aventura. Voltarei desta forma oferecer o “alimento” que muitos desejam quando me visitam: a leitura da história singular de uma experiência de vida, visão do mundo e amor pela aventura de um atleta do pelotão, isso, a minha!
Começo este prólogo quase por um dos seus episódios finais, a minha participação na Gold Marathon Carlos Lopes realizada no passado domingo em Lisboa. Esta foi uma prova para a qual não me preparei, mas estava preparado. Não preparado porque nunca manifestei a intenção de estar presente, não fosse um convite de última hora. Preparado porque os treinos dos últimos tempos deram-me o suficiente “background” para enfrentar qualquer prova de distância longa.
A prova correu-me bem apesar das já habituais vicissitudes da sua organização. Corri em boa companhia, revi amigos e tive o prazer de completar uma Maratona depois do “desastre de Badajoz” em Janeiro. Desde 2003 que não completava uma prova desta distância, foram quase três anos de sucessivas lesões a mais próxima a que no ano passado a um mês do Raid Melides Tróia me impediu de vencer esta aparente malapata. Foi agora, finalmente! Como disse, esta maratona apesar de não conseguir afirmar-se como uma grande prova de Maratona, não deixa de ser realizada num excelente percurso. Percurso este que venci em 3h48m em ritmo de treino não fosse pesarem-me as pernas para Santiago caso metesse o “pé no acelerador”. À chegada à meta, a minha filhota, fã nº 1 de um Pai que muitas vezes permuta a sua companhia por uns treinos (necessários) ao de fim-de-semana, gritava entusiasmada á minha chegada. Peguei nela e juntos ultrapassamos o pórtico, linha que demarcava os 42.195mts vencidos. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Espero que juntos possamos cortar muitas metas pela vida fora!

Até breve.

À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...