terça-feira, janeiro 22, 2008

ESTORIL XPD RACE - DIA 4 - FINAL STAGE



Após 570 km percorridos em BTT, patins em linha, pedestre e em canoa ( faltam as actividades de cordas, mas estas não são contabilizadas na distância percorrida) o ESTORIL XPD RACE 2007 termina com a vitória da equipa mista espanhola/brasileira TEVA LA PINILLA. Como prémio vão estar presentes no campeonato do mundo de corridas de aventura 2008 a realizar no Brasil. Ainda um tanto ao quando de forma surpreendentemente, pois em competição estavam equipas muito fortes e com grande experiência internacional, em 2º ficou equipa campeã nacional portuguesa os PRAÇAS DA ARMADA o que mostra que as equipas portuguesas estão em evolução e vão ser um caso sério daqui para a frente.
Parabéns a todos os que participaram competitivamente, organizaram, colaboraram e apoiaram este magnífico evento.
Para o ano esperamos que haja mais.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

ESTORIL XPD RACE - DIA 3



Depois de uma noite gélida na Serra D´aire e Candeeiros, onde nos mantivemos junto ao Algar da Bajanca afim de prestar auxílio aos atletas que eventualmente o viessem a necessitar o dia amanheceu radioso e quente.
Neste vídeo as sempre espectaculares imagens dos patins em linha e da canoagem. Também as declarações finais de Zé Pulpo um dos mais famosos raiders e organizador de provas do Brasil

sábado, janeiro 19, 2008

ESTORIL XPD RACE - DIA 2



Dia 2 do XPD, as equipas já mostram sinais de cansaço mas a aventura continua.Neste vídeo apareço eu e o meu irmão no alto da "himaliana" ( vento, nevoeiro e um frio de rachar durante mais de 18hrs) Serra do Montejunto durante a actividade de rappel da responsabilidade do Clube Aventura do Barreiro.

PS- Correção, não foram 3 dias de aventura como referi no post anterior, forma 4.

terça-feira, janeiro 15, 2008

ESTORIL XPD RACE - 1º DIA - A MAIOR CORRIDA DE AVENTURA EM PORTUGAL



Eu com CAB estivemos presentes no apoio à organização da prova durante trés dias de pura e dura aventura.
Neste vídeo entre outras coisas reparem na classe da equipa feminina russa A

quinta-feira, janeiro 10, 2008

22ª MARATONA DE LISBOA - 2007



Foto: Atletismo Modalidades Amadoras

No sábado, a degustar um tinto "Serras de Azeitão" ( não é de 5***** mas tem uma boa relação preço qualidade), a moer um bife com um ovo a "cavalo" acompanhado de umas batatas fritas, questionava-me: " será possível que amanhã vá fazer uma maratona?". Aquela não era certamente a melhor alimentação para um atleta na véspera de uma prova desta distância, muito menos o líquido a ingerir. O que me safa nestas situações é que me desculpo sempre com o facto de não ser um "purista" ( muito menos um maratonista) com a vantagem de no 2º copo já me ter livrado de vez de todos os sentimentos contrictos passando doçemente para os mais beatíficos. Afinal, asneiras óbvias à parte, nada que já não fizera antes como por exemplo um recente divinal arroz de sarabulho "regado" com um verde tinto antes da ultramaratona " Caminhos de Santiago", ou ainda, uma "sopa da panela" antes de um duatlo no Alentejo, estes os mais memoráveis ( pela extraordinária experiência gastronómica).
"Empurrado" ( sim foi uma "violência") da cama para uma manhã fria e para 42km a correr, não parecia estar nestes meus planos domingueiros. Ainda a recuperar das "tareias" mais recentes, pensava: "vou arrastar-me durante umas 4hrs e regresso a casa com umas bolhas nos pés", seria preferível ficar a ler um "jornaleco" e a brincar com a minha petiza como um bom gatarão manso a desfrutar de uma rara oprtunidade de preguiça.
Viagem mais ecológica e económica entre as margens ( afinal Lisboa está a escassos 25 minutos da minha casa)e entro directamente na "festa de uma maratona"e... " good vibrations...". Eu que queria ficar em casa... " o burro sou eu?!". Depois das pomadinhas, pensos rápidos, dorsais e outros rituais, lá começa a "coisa"... colorida, alegre, festiva... a 22ª Maratona de Lisboa.
Primeiros quilómetros na companhia de um bem-disposto camarada de aventuras, depois até ao km 29 a não menos bem-humorada companhia do Paulo Mota e da Clarinda Santos ( antes ainda o Sequeira até à 1/2 maratona), momento em que com alguma "frescura", decido "perseguir" uma loiraça sul-africana que me escapou na Praça do Comércio ( pelos vistos mais fresca que eu). Depois... bem, a nórdica de África "pirou-se" ( não disse que a menina tinha mais pernas!) mas eu já estava a "partir o alcatrão todo" ( lembram-se desta frase do António Pinto numa 1/2 Maratona de Lisboa há uns anos?) até à meta. Ah, já me esquecia, nos últimos quilómetros ainda cumprimentei o "ultrabaldas" e o Tigre ( os nicks de uns cromos de um fórum de atletismo), que já me tinham sorrido à distância uns quilómetros atrás.
Avaliação da prova: no geral positiva, se bem que continue a achar que a maratona da capital portuguesa merecia ser um evento de carácter internacional, não pelo número de estrangeiros participantes, mas pela qualidade exigida a este nível. ( que ainda não tem a meu ver)."
Classificação:425º José Neves (Lebres do Sado) 3.43.15

terça-feira, janeiro 08, 2008

CHAVES/MONTALEGRE - CAMPEONATO IBÉRICO




Esq. António Neves - Centro. Esmeralda - Direita. Eu

CHAVES/MONTALEGRE - CAMPEONATO IBÉRICO DE CORRIDAS DE AVENTURA

Pois é, cá estou eu de volta depois de uma longa ausência. Entretanto, 2007 já acabou e com ele ficaram algumas histórias por contar. É isso que vou tentar fazer agora de forma resumida já neste novo ano de 2008 que desejo que seja pleno de aventuras para todos aqueles que gostam de vir a este espaço dar uma vista de olhos.

Começo pela minha participação na 1ª prova da Taça de Corridas de Aventura realizada no passado dia 19 de Novembro na região entre Chaves e Montalegre, denominada: " 2º Campeonato Ibérico de Corridas de Aventura Alto Tâmega Barroso".
O Clube Aventura do Barreiro/XPD Race esteve presente com duas equipas, uma no escalão aventura com quatro elementos, outra na elite mista, onde eu e a Esmeralda fizemos a nossa estreia em conjunto com o meu irmão A. Neves, o cromo mais experiente nestas andanças e também campeão nacional de ori-btt.
As expectativas eram muitas, eu apesar de não ter muito treino específico para a prova sentia-me motivado, a Esmeralda também à qual somava a sua alegria pela estreia nestas andanças ( eu já lhe tinha tomado o gosto havia dois anos) e o António a fazer aquilo que mais gosta, transmitia-nos a todos uma confiança inabalável e um querer indomável que quase fazia de nós à partida uma equipa na luta pelos lugares cimeiros,não se enganou.
Partimos para a 1ª etapa debaixo de -2º graus de um dia gélido mas solarengo. Esta era composta por muiti-actividades em orientação e valia 4cps. Fizemos 3, a patinar constantemente no gelo que se acumulava nas rotundas da cidade e partimos para a 2ª de 34km de BTT. A etapa subia dos 350mts até próximo dos 1000 e a adaptação não foi fácil, ainda assim, num terreno difícil conseguimos os objectivos propostos através de uma estratégia de contenção e concentração, o importante era não rebentar a etapa seguinte, fazer boas transições e ir somando CP´s. Seguiu-se uma "run&bike" de 14km a todo o gás entre subindo e descendo entre os 1000 e os 700mts, com direito a um rappel de 200mts sobre uma falésia. A Pedestre seguinte de 10km também não comprometeu a boa prestação que estavamos a conseguir e que muito nos alegrava, nem a (novamente) dura etapa de BTT de 20km que seguiu, onde nos vimos inesperadamente e caricatamente rodeados de bois e vacas com chifres de 1/2 metro, felizmente os bichos eram mansos e não provocaram danos maiores do que um ligeiro atraso. Ainda assim partimos a "horas" para a seguinte: canoagem+BTT. Esta dividia pela primeira vez a equipa, 2 elementos faziam os CP´s de canoagem e outro (eu) fazia os de BTT encontrando-nos depois no último antes da chegada que deveria ser "picado" pelos três. Nesta altura da prova o cansaço já se fazia sentir, mas pior que isso foi frio que tinha voltado. Desde a partida a temperatura "amenizara-se" alguns graus acima de 0, nesta etapa desceu para um insuportáveis -5º graus. Quem mais sofreu foi o António e a Esmeralda na canoagem, chegando a "nossa" menina num estado próximo da hipotermia à meta. Mas a sua tremenda determinação, coragem e capacidade atlética ficaram demonstrados aí, passado pouco mais de 20m, entrava a sorrir na derradeira etapa do dia ( a 7ª), 12,5km de orientação pedestre, grande mulher! O primeiro dia terminara com mais de 130km feitos, era tempo de comer e dormir, pois na manhã seguinte às 5.30 da manhã esperava-nos aquela que viria a ser uma das mais duras e ingratas etapas da prova. Na classificação estavamos a disputar o top três das equipas portuguesas, as espanholas com maior experiência internacional estavam em primeiro e portanto nada de sonhar muito alto.
Mas já dizia o poeta "o sonho comanda a vida" e o nosso era ir o mais longe possível sem quedas, avarias mecânicas ou "estoiros monumentais". Foi com esse espiríto numa madrugadada gelada que partimos para a etapa do nosso "descontentamento". A beleza de subir de bicicleta aos 1400mts e ver o sol nascer na montanha é inarrável. Outro momento único foi chegar ao vale galego entre as serras do Larouco e Gêres com uma temperatura de -14º graus(!). Podemos imaginar melhor como é estar sobre esta temperatura através da visão do congelador do nosso frigorífico. Tudo estava congelado, as fontes, os ribeiros, os nossos bidões de abastecimento e "camelbags", tudo até o rio onde deveriamos ter feito a etapa seguinte de canoagem. O barulho do gelo a estalar sobre as rodas das nossas bicicletas era constante e o nosso corpo ía reagindo a estas condições extremas:as mãos e os pés estavam dormentes( a Esmerada ainda hoje não recuperou a sensibilidade na ponta dos dedos das mãos). Apesar disso a etapa corria-nos bem, até ao antepenúniltimo CP´s. Aí o deficiente e pouco actualizado mapa espanhol pregou-nos uma partida, perdemos muito tempo e "rebentamos" a etapa por 58s. A consequência disso foi o não partirmos para a etapa seguinte de canoagem+orientação pedestre e perdermos todos os 9 Cp´s conquistados. Não desmoralizados fizemos as etapas últimas duas etapas seguintes em grande estilo. A 1ª pedestre a subir dos 800 até aos 1400mts sempre em ascenção. A 2ª em BTT a "abrir" num downhill desenfreado dos 1400mts aos 800mts. No final o resultado foi claramente positivo, apesar da "degraça" da 1ª etapa do dia, acabamos por ser a 4ª melhor equipa portuguesa ( entre 9) a 7 CPs da 2ª e a 10 da 3ª o que mostra que estamos mais próximo de disputar os lugares cimeiros do circuito. Mas esta convicção só é possível pelo dois grandes elementos que comigo fazem a equipa CAB/Estoril XPD Race: O António e a Esmeralda, sobretudo esta última que deita por terra qualquer teoria machista ou sexista mais empedernida que explique jocosamente as "diferenças óbvias" entre os desempenhos masculino e feminino nestas andanças... "ah ganda atleta"!

Próximo relato: Maratona de LIsboa

À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...