Corria o ano de 2013 e eu corria regulamente há cerca de 3 meses, quando depois de uma bem sucedida participação no Trail da Lousã em Outubro, decidi atirar-me de cabeça para um novo trail em Novembro, o do Zêzere. E não me correu nada mal, apesar de estar cada vez mais consciente que o esqueleto está cada vez mais gasto, as articulações não tem a elasticidade de outros tempos e a condição física, motivação para treinar, disponibilidade ( repetia "tempo") para o fazer, também não são seguramente os mesmos de "outros tempos" ( o maldito tempo!), vamos lá, que tal como diz o ditado: " que a vida são dois dias e o Carnaval dura três".
Gostei da prova e sobretudo da companhia da Ana Groznik e do Vasco durante a prova ( que grande "bigode" levei no final) e antes, durante a viagem e estadia, do João Campos e do Natesh, entre outros da "jovem tribo" trialeira. Foram por isso dois dias bem passados!
Depois do Zêzere, repetiu-se a história dos anos anteriores: os "Abutres" em Janeiro "sofríveis" mas a realizar o meu segundo "finisher" na prova e depois "estoiros" atrás de "estoiros", nos 100km de Portalegre, no Triatlo do Ambiente e no regresso uns meses depois. Repetia-se o "quadro" dos últimos cinco anos, "altos e baixos", mas a predominarem os "baixos". A "meteorologia da vida" tem destes ciclos mais "tempestuosos".
Como não desisto facilmente, apesar de umas quantas derrotas na vida, volto à carga este ano e voltarei sempre, adaptando-me às circunstâncias que a vida me vai proporcionando ( e eu esforçando para tal) e sobretudo cultivando alguma tolerância comigo, afinal todos nós temos as nossas "fraquezas", os nossos "dias", a nossa "distintividade". Concentro-me por agora nos "pontos fortes" e sem falsa modéstia, não me faltam. De regresso pois, sem o treino adequado ( mais uma vez), mas com vontade e saudade dos desafios e da imersão na natureza. Em Outubro a "irrevogável" Serra da Lousã, serão 51km de pureza e dureza na "cápsula do tempo" das aldeias históricas desta Serra. Julgo que dará para aguentar-me nas canetas ( apesar de ser uma prova com um acumulado jeitoso) e descolar para um empeno maior, os 70km do Trail do Zêzere em Novembro ( Il en sera)! Aqui, se chegar "dentro" das 16hrs propostas para o tempo limite da prova, tenho como "prémio" dois pontos para o UTMB e quem sabe se estes não me adoçam a boca para voltar ao Monte Branco em 2017, quem sabe... Ficarão a faltar-me mais seis pontos divididos em duas provas de três ( provas acima dos 100km) durante o ano de 2016, logo eu que ando a prometer a uns amigos repetir um Ironman no final do ano, comemorando os meus 50 anos e eles fazendo a estreia na distância. Se penso que "estou a ir com muita sede ao pote" é melhor ficar no sofá, o melhor é mesmo atirar-me com a "gula" toda, depois logo se vê se a cabeça, o esqueleto, a família e a carteira aguentam. Os próximos meses darão uma ideia. Abraços
Em 2013 foi assim:
http://trilhosmiticos.blogspot.pt/2013/11/trail-do-zezere-o-album.html
http://trilhosmiticos.blogspot.pt/2013/10/trail-do-zezere-inscrito.html