terça-feira, janeiro 19, 2016

PORTO DE MEMÓRIAS - MARATONA DO PORTO 2016






Bem, isto parece estranho para quem está como eu a fazer projectos de reforma das corridas e afins. Neste momento, uma boa aula de RPM ou Pilates seguida de umas braçadas na piscina do ginásio e também alguns exercícios de musculação "enchem-me as medidas". Claro que não dispenso o convite de um amigo para ir fazer águas abertas, uma volta de bicicleta de estrada ou BTT, dar umas pagaiadas ( aqui já é mais difícil encontrar quem queira), fazer uns trilhos a pé de máquina fotográfica em punho e sempre uma, mesmo que doa a valer, Corrida de Aventura, mas treinar para uma maratona de estrada com a motivação de estar à hora e data marcada no meio de uma multidão excitada a cheirar a "bálsamo para aquecimento dos músculos" e suor mascarado com "axe" , com olhos fixos no relógio como se fosse um terço, de facto, não parecia não estar mais nos meus horizontes. Enganei-me.
O pretexto, digo agora eu, para visitar uma cidade da qual gosto muito, o Porto foi inscrever-me na sua maratona, prova que já corri no longínquo ano de 2007. Podem dizer: "pretexto"?! Sim!É que ir ao Porto sem "motivo" não é a mesma coisa que dizer: "vou ao Porto fazer uma maratona e aproveito para matar saudades da Ribeira e de uma francesinha, daquelas que só no Porto é que sabem à coisa "original". Além disso, a corrida é uma forma de ver uns recantos da cidade que de outra forma seria mais demorada visitar, uma espécie de "instantâneo" a 6min/ por Km. 
Mas não é só isso que me faz voltar a esta cidade, por lá ( no Porto) tenho memórias da minha juventude ( umas mais saudáveis que outras). Lembro-me depois de uma excursão à "Citânia de Sanfins" no meu 11º ano de escolaridade, ter ficado alojado no Porto aproveitando para comer caldos e vinho verde até "sair pelas orelhas", na companhia do "chanfrado" Ziggy ( por onde andará este gajo agora? A última vez que soube dele tinha mulher e filhos holandeses). Penso também na Isabelinha, uma das minhas mais "curtidas" namoradas da adolescência, que um dia amei livre numa madrugada morna de verão nas cascatas de Milfontes e que agora imagino deva ser uma "vivida" cinquentona a governar os negócios de mobiliário da família ou realizando o papel de antropóloga que já preparava na Universidade de Lisboa nos anos em que ainda fomos conversando aqui por baixo. Ou na Mizé, solitária, afável, com os seus reconfortantes "chazinhos Zen" e sugestões de ternura "lúbrica" na sua casa ali para os lados das Antas e que certamente desiludi ao não corresponder, talvez por tão ter os "predicados" da minha nortenha paixoneta de verão, nem outras que pulsassem a libido de um ex-soldado devolvido à liberdade aos 21 anos. Isso passou-se em 88 quando após 16 longos meses de "serviço militar obrigatório", "mudei-me " do Barreiro para uma pensão da baixa do Porto e fui vender umas bugigancas que chamávamos "artesanato" na Rua de Santa Catarina durante a época natalícia ( naquela altura as "lojas dos 300" não existiam). O "lucro do negócio"dava-me para comer nos então bons, baratos e fartos restaurantes do Porto e beber copos até "cair de cú" na "ribeira", no"Industria" ou mesmo nas "afamadas" discotecas do "Centro Comercial Dallas", onde me tornei "persona non grata" com o Tó Russo e o Zé. Não porque tivéssemos violado as "regras da etiqueta" ( nem sei se os meus ténis tinham "marca", mas desconfio que eram "marca c."), mas porque o "etílico" dava-nos para coisas do "arco da velha", como mandar beijos às betas da Boavista... só que com os seus "Bruces Springtines" ao lado. A coisa esteve mesmo feia, três tipos do Barreiro à solta naqueles tempos, eram uma versão ligeira dos "irmãos Cavaco", de norte a sul a populaça tremia de terror com estes "cavaleiros do subúrbio". Nós fazia jus à fama, diga-se!
Mais tarde, já casado e pai de filhos, atleta de duatlos e triatlos que corriam o país lés a lés e após um corre/pedala/corre que fez "piscinas" na Avenida da Boavista, por razões"xenofobas" que penso tinham como motivo uma radical "ideologia futeboleira", um empregado de mesa do conhecido café Luso não nos serviu uma francesinha afirmando que: "os de Lisboa têm a mania que são melhores que os outros...". "Eu que nem sou de Lisboa ó morcon"
O Porto é sempre aquela sensação de estar num outro país "cá dentro": os cheiros, as pessoas, as casas, os majestosos cafés ( entre eles o Majestic), os azulejos da Estação de S. Bento e até o Douro, "amostra" do "meu" Tejo me parece terno, acolhedor, fazendo fluir alegremente o "barco" das minhas memória, onde ainda a Isabel, de pele tostada da cabeça aos pés ( da cabeça aos pés sim!) partilha comigo o eterno "leme" da fantasia púbere.
Maratona do Porto 2016, aqui vou eu!

http://trilhosmiticos.blogspot.pt/2007/10/maratona-do-porto-melhor-maratona_25.html

sexta-feira, janeiro 01, 2016

MERGULHO DE ANO NOVO 2016



Mais um ano se foi e outro começa. Que tenha mais dias felizes que 2015! Afectos, projectos, aventuras e claro, muito desporto!
Hoje em Sesimbra, num dia de chuva, sem frio e com o mar a 14º fomos 13 os que decidiram "renovar-se" para 2016 com um mergulho de mar. Destes, 5 valentes entre 3 e os 13 anos experimentaram as águas agitadas da Praia do Ouro, a Laurinha ( na foto em baixo) a mais jovem do grupo, ficou-se por um "lava pés".
Um ano desportivo a todos os seguidores do "Trilhos"

À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...