domingo, dezembro 20, 2009

Regresso ao pedal - Ainda a Maratona de Canha




O meu regresso à competição de BTT deu-se depois de uma noite em claro, um treino de 40km a meio da semana e meses de "inactividade" ( apenas umas voltas ao coreto). Não foi mau, pelo menos deu para perceber que pedalar com os meus actuais 87kg exige um esforço comparado aos meus primeiros raides de pasteleira até Sesimbra na altura em era um "puto" de 13 anos, a bina pesava o dobro da que tenho agora e o "cabedal" era o de "peso pluma".
Bem, não é só isso, há pequenas diferenças: experiência, mudanças e... gel energético! Experiência em gerir o esforço por 100km, desmultiplicação de mudanças que quase levam um tipo a pedalar até ao cume do K2 e um gel, que na altura certa " revitaliza o corpo e a mente", como um bom café quando se está "bêbado de sono", com algumas (pequenas) diferenças claro.
Não há muito mais para contar sobre esta maratona de BTT, mais de 700 participantes divididos pelas duas provas, a de 40km ( 630 betetistas) e a de 100km ( 82 finais), local vasto com caminhos pouco técnicos, muita prozada, sobretudo triatletas em pré-época, bom comportamento da minha malta do CAB com tempos excelentes (tem mais uns meses de treino e competições do que eu) e um "finish" pessoal abaixo das "razoáveis" 5h ( média aproximada de 20km/h). Uma organização à portuguesa - nem boa nem má, ou seja muito trabalho organizativo mas a errar nos aspectos mais simples, sobretudo na atenção aos atletas da prova mais longa ( os 100km) entre outros. A destacar um original troféu artesanal feito de uma telha e uma bicicleta construída em papel de jornal colada em cima, bonito, sugiro cortiça da próxima vez com material dominante.

sábado, dezembro 19, 2009

OTV Julho - Flashbacks

A partir do minutos de 7.36s algumas imagens de provas de aventura em Portugal com um grande plano de uma das atletas do CAB.

Magazine OTV Julho from activideoTV on Vimeo.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Raid Aventura de Sesimbra - Abril 2009

Tinha dúvidas se tinha colocado este video aqui no blog. Se repeti, paciência, pertence aos melhores momentos 2009 e o que é bom, repete-se e recorda-se!

A partir do minuto 17.38s da peça o Raid Aventura de Sesimbra prova organizada pelo Ori Azóia e etapa da Taça de Portugal de Corridas de Aventura 2008/09.
A meio, uma entrevista aqui ao Zen.



Magazine OTV - Abril from activideoTV on Vimeo.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Não se morre do mal morre-se da cura



Isto de não andar de BTT como deve ser há uns meses tem um efeito que todos devem saber, sobretudo os que conhecem a difícil adaptação ao selim do início de cada época.
Saído de uma lesão e de um longo período de preguiça desportiva ( com outras prioridades a imporem-se) eis-me de regresso aos treinos e às competições. Como não faço as coisas pelo meio, defeitos de ser um pouco "excessivo", inscrevi-me na Maratona de BTT de Canha e logo na prova maior, os 100km! Certo, certo, vai ser o desconforto da referida adaptação ao componente da bicicleta onde sentamos o rabioque e uma dor de pernas garantida para recuperar na semana que vem. Como diz o ditado popular "não se morre do mal,morre-se da cura", ao que o meu irmão contrapõe com o antídoto, " eh pá, treina que isso passa"!

Até breve.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

MIUT 2009 da Encumeada até ao Machico


Não apareço aqui há mais de um mês e o MIUT 2009 já se realizou vai para 3 meses. De maneira que, se não acabo o relato dos 105km pela pérola do atlântico agora, corro o risco de me esquecer de pormenores que podem ser interessantes contar, além de importantes dicas para quem quiser dar-lhe uso. Contudo agora vou ser mais breve, ou seja, menos "literário".

Depois do bonito troço da Bica da Cana cheguei à Ecumeada -CP5 na companhia do António, Esmeralda e Ângela. Vinha deveras impressionado com toda a paisagem natural que até agora desfilara pelos meus olhos e com a consciência que ainda me faltava mais de metade do percurso para chegar ao fim. Talvez a metade mais dura de roer, pois se no último troço tinhamos descido dos 1500mts para os 1000mts, agora em pouco mais de 10km iríamos subir destes até aos 1780 do Pico Ruivo e com o maior desnível de toda a prova 1176mts(!). À chegada à Ecumeada houve quem dissesse " a prova começa aqui", pude comprová-lo!
Seria para ai 18hrs quando nos fizemos ao caminho "atacando" o Pico Ruivo depois uma boa canja com canela(?) oferecida pela organização. Nos primeiros metros tomei a consciência que este seria, não o derradeiro, mas o grande teste à resistência em toda a prova, pois os degraus que íamos subindo não paravam de surgir, além de que nenhum era igual ao anterior o que aumentava a dificuldade. Segui neste troço na companhia do Rui e de outro camarada que agora não recordo o nome e assim pudemos ir trocando "impressões de viagem". Todos concordávamos que estávamos numa espécie de paisagem "himaliana", faltando só a neve. Se olhávamos para cima viamos os imponentes picos que ainda tinhamos de conquistar, se olhávamos para baixo víamos de um lado os pontinhos luminosos da povoação de "Curral das Freiras" que já se ia iluminando e do outro um pôr-do-sol por cima de um manto de nuvens que cobria toda a face norte da ilha, simplesmente belo!
Foi já com a noite a cerrar e com frontais acessos que chegámos ao Pico Ruivo. Encontro ai a Analice ( uma senhora ultramaratonista de 63 anos de idade) desesperada porque o seu frontal havia avariado, empresto-lhe um que trazia como "suplementar" e pude ver a sua enorme alegria pelo meu gesto, queria fazer os restantes 50km, desse por onde desse, que grande senhora!Depressa a Analice "fugiu" para o Pico do Arreiro e nós também que o frio e o vento aquela altitude já nos gelava o corpo, o que não é nada desejável por esta altura da competição.
Os 8km que se seguiam até aos 1800mts o ponto mais alto da ilha foram para mim o primeiro grande momento de dificuldade ( os piores viriam a seguir). Atraso-me relativamente aos meus companheiros para poder recuperar, sinto dores nas pernas e alguma sonolência. A paisagem é soberba, estou entre penhascos num sobe e desce estonteante, a lua avista-se a espaços dando uma tremenda força natural a toda a paisagem, um momento inesquecível! Ao transpor os últimos metros até ao local onde estava o CP5 - Pico do Ruivo- reparo numa placa evocativa da morte de alguém aquela altitude, não pude deixar de pensar que apesar das boas condições destes trilhos, o vento forte que sobra frequentemente, o nevoeiro e o frio imprevistos, a irregularidade do piso, as faces escarpadas que em caso de quedas serão no "abismo" e a falta de experiência de muitos que se traduz pela falta do equipamento básico para aquelas condições, podem ter ocasionado este e os muitos acidentes que sabemos acontecerem na montanha. A prova disso é que nas notícias de há pouco só neste mês nos bonitos trilhos que esta prova percorreu já morreram três pessoas.

Até breve

À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...