segunda-feira, setembro 30, 2013

[O Homem da Maratona] BANDEIRA QUAL BANDEIRA? 2006

Escrevia eu no "Homem da Maratona" em 2006 a propósito de "futebóis" e "orgulhos pátrios"...

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 6/01/2006 07:54:00 AM


Há uns dias atrás o seleccionador nacional de futebol pedia a todos os portugueses para pendurarem bandeiras nacionais em apoio à nossa ( sua) "equipa das quinas". Habituados à retórica de um discurso nacionalista através do futebol, com a sua saga dos "heróis" ricos, mimados e alguns mal educados, os portugueses lá vão pondo as ditas bandeirinhas na fé patriótica que sonha a  conquista do mundo pela bola redonda, talvez a mesma "vã glória" que provocou desastre de Alcacér Quibir no séc XVI e que, talvez, na actualidade anuncie outros desastres colectivos.
O futebol é um "eucalipto" que seca mais ainda o nosso já "ressequido" país, sorvendo por ano milhões de euros ( das contribuições em forma de impostos e outras). Dinheiro este que serviria para fazer muitas coisas, ou ainda para não fazer outras, como por exemplo extinguir algumas instituições de enorme utilidade para o apoio social às populações com o pretexto que é necessário equilibrar o défice outrora engordado pela "megalomania" dos estádios do euro 2004 e outras "gulas" ( passadas e actuais) de alguns "notáveis" dirigentes de Portugal.
O subdesenvolvimento desportivo português é evidente e observa-se pela qualidade das suas infra-estruturas, pelos apoios, pela mentalidade, pela formação e pelos resultados internos e externos (salvo algumas muito esforçadas acções). Neste contexto, o "novo-riquismo" do futebol contrasta, quer pela faustosa exibição de meios, quer pela pública exibição de apoios e ainda pela mediatização incessante dos seus resultados, alguns deles insignificantes por comparação com os de outras modalidades.
A exemplo do que escrevi no parágrafo anterior, temos a terra aonde resido há 39 anos, o Barreiro. Neste subúrbio cheio de novas (e antigas) chagas sociais, com uma população jovem que seria necessário rentabilizar para que pudessem ser um seguro investimento no futuro de Portugal, prosa esta que agora tanto se apregoa servindo de bandeira a " novas" ( mas velhas) demagogias do poder, existe uma só piscina construída durante os anos 70 para servir aproximadamente 80.000 pessoas as outras infra-estruturas, ou estão fechadas a cadeado ou então são com dinheiros públicos, rentabilizadas por particulares.
o quero carpir aqui todas as minhas angústias de ser português, penso que se tornaria enfadonho para quem quisesse ler ( se ainda o está a fazer nesta altura do texto), no entanto quero aqui afirmar publicamente que não colocarei a bonita bandeira portuguesa na minha janela para apoiar uma selecção de futebol. A única bandeira adoptada por Portugal nestes tempos, foi a que coloquei no início desta mensagem, mas esta juro-vos que não é a do meu "país"!

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 6/01/2006 07:54:00 AM

sexta-feira, setembro 27, 2013

[O Homem da Maratona] AND THE WINNER IS...- 2006

A propósito de uma poll lançada no "O Homem da Maratona" que questionava os "visitantes" do blogue acerca do que achavam ou de como imaginavam ser o Raid Melides Tróia em 2006.


Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/20/2006 08:59:00 AM

O que acha do Raid Melides - Tróia?



Um doce (0) 0%

Um petisco (7) 58%

Um osso duro de roer (2) 17%

Intragável (1) 8%

Ahhhhh... mais não (1) 8%

Raid? O que é isso? (1) 8%

Total Votes: 12


Eis os resultados da votação que decorreu aqui no Homem da Maratona acerca do Raid Melides - Tróia:

Participaram doze "blogonautas", o que face às visitas que recebo diariamente neste blogue é muito pouco. Segundo especialistas no tratamento deste tipo de questionários ( há que dar um ar sério a isto) esta atitude pode reflectir a a tendência abstencionista e pouco participativa dos portugueses. O pessoal não gosta mesmo de votar, nem que tenha de gramar outro Salazar por 48 anos, ponto final! A maioria dos votantes confirmou a constatação feita "in situ" pelo Homem da Maratona nas areias de Melides: o Raid é mesmo um "grande petisco"O segundo item mais votado foi o "um osso duro de roer", acredito, é talvez a resposta mais honesta para quem apesar de estar preparado, será a primeira vez que participará numa prova do género. Quem votou no "intragável" e "ahhhhh... mais não", deve ter penado como o "caraças" ou tem medo de penar, caramba aquilo supostamente não é o "purgatório", antes uma prova de atletismo! Quanto ao blogoleitor ( adoro inventar palavras) que respondeu "raid o que é isso?", eu explico: não é o mata moscas, não é jipe "todo o terreno", não é um bombardeamento aéreo, é uma corrida a pé por 43km nas areias entre as praias de Melides e  de Tróia. Percebeu? Agora experimente.
Para os "vencedores", eis o maior petisco!


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/20/2006 08:59:00 AM

quinta-feira, setembro 26, 2013

[O Homem da Maratona] O CORPO E A ALMA - 2006

Escrevia eu há pouco mais de 7 anos sobre a minha aproximação aos 40. O tempo a partir dos 30 pareceu-me os 100 metros do Usain Bolt.

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/18/2006 08:51:00 AM



A " máquina" à medida que se aproxima dos 40 parece que emperra. Um tipo tenta desvalorizar o "desgaste" de algumas peças, mas quando cai em si, repara que já não é, nem "novo", nem "semi novo", mas antes um "usado em bom estado" (por enquanto).

o sou um desportista de carreira, (re) converti-me há cerca de 11 anos depois de outros tantos do mais puro e duro sedentarismo. Gostei tanto desta nova confissão, que nos primeiros anos tornei-me quase um asceta, sobretudo no Triatlo, ao qual devotei os momentos mais intensos da minha vida desportiva até agora.
Lesões sempre as tive. Lembro-me de uma célebre canelite que teimava em passar e para a qual um veterano me receitou "vinho branco com tintura de iodo". Em desespero estive quase a usar a "mezinha", mas não foi necessário pois preferi seguir os conselhos de um experiente massagista do clube aqui do bairro: "epá, tem calma, quando menos esperares isso desaparece", e desapareceu! 
Durante alguns anos progredi, regozijando-me dos meus feitos, modestos claro, mas ainda assim feitos (para quem durante uns anos não fez uma palha, chegar ao fim numa maratona é um enorme feito). Nos últimos quatro anos, impedido de treinar "religiosamente" como fazia antes, engordei uns quilitos. Voltei assim a "pecar" em "velhas" gulas e passei por períodos em que fazer exercício era um luxo face à falta de tempo para outras actividades que considerei prioritárias. Recentemente, motivado por alguma disponibilidade e pela paixão ao desporto, voltei decidido para fazer, meias, maratonas, montanhas, natações, bicicletas, raids, eu sei lá, que mais, mas cedo refreei o meu entusiasmo. Diversos constrangimentos se seguiram: a péssima forma física que me obrigou a "sofrer" mais que do que era habitual nos treinos, os motivos económicos que me impediram de ir às provas que sempre sonhei fazer e depois, novamente as lesões. Se nas primeiras vezes " tinha paciência que isto passava", agora já não há pachorra para tanta caliqueira! São as dores nas costas, são as dores no pé direito, são os joelhos, são... Veredicto da minha maternal médica de família: "não corra mais, nade, ande de bicicleta", eu "mas...parar de treinar corrida? Oh Sr. Dr.ª isso seria como que faltar à missa" ela com um riso condescendente "com o tempo dar-me-à razão". Teimo: " mas correr para mim é um religião" "então torne-se ateu", " mas eu sou agnóstico positivista Dr.ª" ela suspira e vejo-lhe por breves momentos a vontade de me mandar para um internamento forçado psiquiatria. 
Regresso abatido a casa, não treino há uma semana. Bebo quase uma garrafa de vinho branco ao jantar, fumo um cigarro daquele maço que me dura meses, e penso que merda esta dialéctica do corpo e da alma aos 40, quando o primeiro não quer, a segunda quase se suicida! 


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/18/2006 08:51:00 AM

quarta-feira, setembro 25, 2013

PRIMEIRA FORMA

É uma expressão que se houve muito em contexto militar e que significa que é válido o que anteriormente foi dito, ficando sem efeito o que se afirmou recentemente. No meu caso, significa que a ida a Fátima de bicicleta ficou sem efeito ( não há maneira de cumprir a promessa), a organização, desorganizou-se! Mantêm-se assim ( com a inscrição feita in-extremis) a Travessia da Baía de Sesimbra em Natação.
As minhas amadas Marias que me perdoem!



segunda-feira, setembro 23, 2013

RELIGIOSIDADES II


Não sou muito dado a metafisicas, muito menos a milagres que se confundem com alucinações provocadas pela doença mental, drogas ou pela fé de braço dado com a fome ( e o ano de 1917 teve isso e muito mais de desorientação colectiva), mas respeito, sobretudo quando a crença divina move a vontade terrestre de nos tornarmos melhores, para nós e sobretudo para os outros.
Não sei se foi isso, se no fundo, como tantas vezes afirmo, foi o meu lado estupidamente crédulo, aquele que me obriga a dizer que sou um "agnóstico positivista" sem fé e justificação nenhuma, mas no ano de 1999, data de profundas e positivas alterações pessoais, "prometi" que iria a Fátima a pé ou de bicicleta. Nunca cumpri. Nesse ano, em vez de ir ao referido lugar sagrado, subi a Serra da Estrela a pé e lá no alto da Torre negociei com o altíssimo ( nas alturas negoceia-se mais próximo dele e eu também sou um bocado surdo) uma permuta entre aquele magnífico ( e divino) lugar e o que fica na "Cova de Iría". Parece não ter sido aceite, desde então a "balança" entre as boas graças e as desgraças mantêm-se desequilibrada, o que me leva a pensar que afinal tenho mesmo de cumprir a promessa, não vá um raio cair-me na cabeça um dia destes, acho que já esgotei a benevolência dos castigos divinos mundanos, a partir daqui vai ser a "sério".
Desta vez ( lagarto, lagarto, lagarto) vou a Fátima dia 5 de Outubro! Das outras vezes ou baldei-me ou, como no ano passado já com tudo combinado para a dita peregrinação, fui impedido por causa de uma súbita e sofrida microcirurgia no sítio que me permitia ir sentado no selim de bicicleta ( as demonstrações de fé têm limites, pedalar de pé 160km, seria como ir de joelhos, livra-te!)
E já agora, desculpa lá ó Nepturno, mas a 11ª Travessia de Sesimbra em natação fica para o ano, o monoteísmo católico e a sua "hierarquia familiar" persuasiva,  ganhou a corrida das "religiosidades". Bem, além disso, as Marias, a minha mãe, a  mãe da minha princesa e companheira ( aquela que eu beatifico para sempre, mesmo que me ponha as malas à porta) e a Maria das paixões eternizadas e amores incompletos, merecem as minhas mais devotadas reverências! Avé Marias!

PS - Eu disse que era um homem pouco dado a transcendências?! Como toda esta mensagem pareço antes ser dado a "ambivalências" ( o que acho ser muito humano), prova disso é o título deste blogue.

EU VOU! - TRAIL SERRA DA LOUSÃ - GO OUTDOOR/AX TRAIL SERIES!


Já estou inscrito!
  • 42 km;
  • 2500 m de desnível positivo;
  • 3 Municípios: Castanheira de Pêra, Lousã e Góis;
  • 1 ponto para Ultra-Trail du Mont-Blanc®
  • 5 Aldeias do Xisto: Candal, Cerdeira, Aigra Nova, Comareira, Pena;
  • 1 Aldeia abandonada no cimo da Serra: Franco de Cima;
  • Natureza Pura: Ribeira de S. João, Trevim e Santo António das Neves, Ribeira de Quelhas, Ribeira de Pêra e Praia Fluvial do Poço de Corga;
  • Praia da Rocas.
A excelente organização da " Go Outdoor/Ax Trail series" e a beleza única de um espaço cheio de "natureza pura" e património, venceram facilmente a consciência de que os treinos que fiz até agora, darão pouco mais que um estado próximo do "arrastar-me" por 42km na Serra da Lousã. Ah, grande maluco!
Ziiiiiigaaaaa!

PS - Não sei se é do "Centrum", das "terapias holísticas" ou dos treinos de grupo em Monsanto com os companheiros do Portugal Running, mas as sinapses mantêm-se em funcionamento por mais tempo o que faz com que a ligação cérebro-pernas se aguente sem muitos "apagões". 
Agora só falta fechar um bocadinho a boca para não sentir o rabiosque tão pesado, manter com regularidade a "trifórmula Zen" ( correr, nadar e pedalar) e lá para o ano que vem, talvez faça uns brilharetes.


sábado, setembro 21, 2013

[O Homem da Maratona] CRISTO REI - FÁTIMA - 2006

Continuo com a republicação do meu anterior blogue ( infelizmente apagado da web, mas não irremediavelmente)


Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/14/2006 01:41:00 PM 


"Correr por gosto não cansa" lá diz um nosso sábio ditado. Ir a correr do Cristo Rei a Fátima, obriga-me a alterar para “Correr por gosto não cansa, mas correr 180Km sem parar é bem capaz disso”.
Resumo da história para quem não a conhece: um amigo crente diz a um outro que gostaria numa demonstração da sua fé ir do Cristo – Rei a Fátima a correr, o outro amigo menos crente na confissão mas crente na amizade diz que o acompanha, mas adverte-o que esta aventura seria uma espécie de um dos trabalhos de Hércules, mesmo assim o primeiro, determinado, reafirma a sua intenção. Desta última foi dada notícia pública para que outros se juntassem ajudando em partes a para transportar a vontade do primeiro e apareceram. À vontade do primeiro, juntaram-se portanto outras vontades e o longo percurso passou a ser percorrido por uma vontade maior que transcendeu a força física, esgotando-se esta última aos 160Km. Todos nós sabemos que os outros 20Km foram percorridos, não interessa por quem.
Eu juntei-me a esta aventura e percorri 34km, entre o Cristo Rei e o Barreiro. Deixei o grupo perto dos 27Km no nó do IC32 com ICC21 e voltei para casa embalado por um lua radiante numa noite amena e a pensar que ao dar um pouco da minha vontade, mesmo que esta não tivesse os mesmos propósitos que a do primeiro, fui um elo de uma enorme corrente de coragem e solidariedade! Sinto-me feliz por isso, espero ter feito outros também!

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/14/2006 01:41:00 PM

sexta-feira, setembro 20, 2013

RELIGIOSIDADES...


Será mais uma "Travessia da Baía de Sesimbra", a minha 11º participação neste conhecido evento de águas abertas. Se tenho preparação para isto?! Os treinos são poucos nesta altura do ano, mas mesmo se a travessia fosse no final de uma regular época de piscina ( que de "regular" tem pouco) seria o mesmo, a "técnica da força" substituirá a "força da técnica". 
Sou daqueles cromos ( sim, finalmente tenho esse nobre estatuto) que aprendeu a nadar nas águas turvas do Tejo interior, ali para os lados do Barreiro, entre os perigos do lodo, das vazantes e enchentes mas também nas idas à praia da Lagoa e Sesimbra no verão com os meus pais e irmãos. Na idade adulta, desperto por um destes últimos para a prática do Triatlo, comecei a nadar com mais frequência, mas só quando ao trabalho, a meteorologia ( os treinos de águas abertas) e a carteira ( na piscina) deixavam. Fui sempre o meu mestre e outros, pela sabedoria, experiência e teoria, também.
Que a força me acompanhe!

[O Homem da Maratona] SÁLVIO NORA, UM HOMEM DA MARATONA - 2006

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/10/2006 03:53:00 PM

                                                                       Sálvio Nora

Fotografia: Terras de Aventura

O Homem que eu conhecia mas a quem nunca me apresentei.

o conheci pessoalmente Sálvio Nora. Ou melhor conhecia-o mas nunca a ele me apresentei dizendo: olá eu sou um dos que lêem e comentam com prazer aquilo que escreve.
Dele sei que era um homem simples, amistoso, culto, talvez um humanista e que tinha como prazeres na vida correr, ler (sobretudo poesia), teatro e escrever nos fóruns sobre atletismo, aliás um pouco como eu. É por esta última afinidade que eu o conheci no fórum "Atletas Net" e no tópico, “ O Mundo Fantástico de Ana Pereira” espaço aonde publicava o relato dos seus interessantes afazeres quotidianos, nomeadamente os seus treinos nas paisagens das praias do Furadouro e Cortegaça e as subidas à Serra da Arga na companhia dos seus amigos de sempre, a Guida e o Zé. Com o tempo percebi que não eram só estes dois companheiros que ali estavam, eu também, transportado de um mundo virtual pela intimidade das suas palavras olhava através dos seus olhos uma terra que ele amava, uma natureza que respirava e que tocava delicadamente passada a passada. É com este mágico sentido literário que igualmente me inebriava com o seu gozo pela poesia, pelo teatro, pela orientação e pela corrida, enfim pela vida. Fazia-me rir sozinho, por vezes aparvalhado frente ao computador, com uma ironia que conheci a poucos, mas também quase me fazia chorar quando mexia no lodo dos nossos medos, dos sentimentos habitualmente calados no mar profundo do ser e que emergem num dia qualquer em que nos sentimos pequenos perante o esmagador mistério da existência. O Sálvio era afinal como nós!
Dele quis ser amigo, mas por arrogância, vergonha ou estupidez, não esperei por ele na prova “Trilhos de Monsanto” de 2005 esboçando esse desejo. Pensei, haverá outras oportunidades… Como estou arrependido!
A todos os seus familiares e amigos apenas quero dizer que na angústia da perda, na dor que vos atravessa devem recordar a felicidade dos dias em que tiveram por companhia um grande Homem que se chamou Sálvio Nora.
Obrigado amigo por tudo aquilo que nos destes.

Se eu não morresse, nunca! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas!”
Cesário Verde

Um forte abraço a todos.


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/10/2006 03:53:00 PM

quinta-feira, setembro 19, 2013

[O Homem da Maratona] THE MAN WHO NEVER SLEEPS - 2006

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 4/18/2006 07:11:00 AM



Dean Karnazes é um inesperado viajante na terra que decidiu começar a correr e não mais parar, mesmo quando devia estar a dormir. Não o confundam com o Forest Gump, mas têm aspectos em comum: a vontade indómita de sentir os elementos, de explorar o espaço, de mergulhar no universo celular do seu corpo! Quem não se recorda do enigmático sorriso de Gump enquanto corria na imensidão do deserto do nevada?! Desadaptado? Ou humanamente mais evoluido? Para muitos um tipo disfuncional.
Dean Karnazes sorri e parece um humano feliz e com isso faz também feliz os outros!
Para perceber melhor a sua história vale a pena visitar o seu site.


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 4/18/2006 07:11:00 AM

terça-feira, setembro 17, 2013

O Homem da Maratona] SER UM FINISHER - 2006

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/02/2006 02:12:00 PM


Em 2001 conclui um Ironman. Passei a ser portanto, um "Finisher"! Dez anos antes não imaginava o que significava tal palavra, apenas a sua tradução literal. Hoje compreendo a importância de se ser um "Finisher". Transponho para a vida a lição que aprendi ao cortar a meta naquele dia de Outubro de 2001 em Ibiza, depois dessa data muitas metas se seguiram.
Mas afinal o que é ser um "Finisher"? Bem, para mim significa que nada na nossa vida se faz sem esforço, tenacidade, organização, sacrifício... O desporto, neste caso o triatlo, ensinou-me coisas que levei muitos anos a aprender e, sobretudo, a compreender. Tornei-me através desta modalidade, uma pessoa mais... "Finisher" :-). É claro que para se ser um Finisher, primeiro temos de desejar sê-lo. É portanto a vontade que nos transforma, é ela o alicerce fundamental que suporta todas as outras qualidades para se ser um Finisher.
Serei mais um Finisher no Raid Melides - Tróia? Não serão "apenas" 43Km de areia capazes de engolir a minha vontade!


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/02/2006 02:12:00 PM

segunda-feira, setembro 16, 2013

[O Homem da Maratona] MAIS UM TREINO PERFEITO - 2006

posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/05/2006 07:50:00 AM

Na quinta-feira 27 de Abril repeti o "dia perfeito" da semana passada. Desta vez tive a companhia do Jorge, e portanto as fotografias não foram todas em automático. Decidimos variar o percurso: Apostiça, margem da Lagoa de Albufeira ( ouviram as minhas preces e abriram-na... como está bonita!)Praia da Lagoa de Albufeira, Arriba Fóssil com o final junto dos portões da Nato aonde estava estacionado o carro. Escusado será falar sobre o ambiente natural aonde decorreu o treino, as fotografias falam por ele.

As autoestradas naturais da Mata da Apostiça...



Eu e o Jorge junto às margens da Lagoa de Albufeira numa fotografia em automático com a máquina em cima de um poste de vedação...



Ao longo das margens da Lagoa...



Seguimos a proa deste barco...



Fim do treino!



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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 5/05/2006 07:50:00 AM

sábado, setembro 14, 2013

MALAGUEIRO


PS - Gosto dos diálogos :-)
-  Agora, aqui...
- Tá mari, tá malaguero...
- Eheheheh
Épico!

sexta-feira, setembro 13, 2013

O MAR


Foto: António Neves - 12/09/2013

[O Homem da Maratona] O RESTO FOI UM SONHO... (2006)

Que bonita mensagem escrevi no " O Homem da Maratona" no 26 de Abril de 2006 e a propósito do 25 de Abril de 1974.

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 4/26/2006 06:45:00 AM




O 25 de Abril acabou no dia 25 de Abril o resto foi um sonho...

As mudanças existem:

De um país Parábola surgiu um país hipérbole.
De um país pobre surgiu um país empobrecido.
De um país Fascista surgiu um país de Democracia de pantufas.
De um país analfabeto surgiu um país disléxico.
De um país deprimido surgiu um país prozac.
De um país rural surgiu um país suburbano.
De um país sem liberdade de expressão surgiu um país inexpressivo.
De um país isolado surgiu um país globalizado.
De um país de ricos e pobres surgiu um país de ricos que se dizem pobres e de pobres que se dizem ricos.
De um país …
Bem já chega! Fico sempre muito amargurado com o dia 25 de Abril. Lembro-me sempre de um dia que passei no hospital de S. José há uns anos atrás e das palavras de um Galego imigrado em Portugal porventura fugido da atroz guerra civil espanhola que sonhava encontrar (e tornar) um Portugal melhor que a sua miserável Galiza: …”ah pobre Portugal!” O desespero reflectia a inépcia dos serviços hospitalares, a ausência de humanismo a degradação do sítio onde desejava ser tratado ao mal de saúde que o afligia.
Para sarar estas dores da alma decidi fazer a Corrida da Liberdade em Lisboa que na sua pacatez de feriado tinha acordado com um luz primaveril que Renoir devia ter sonhado quando pintava os seus quadros.
Encontrei nem velhos, nem novos, nem mais, nem menos, nem autênticos, nem falsos, nem da onça, nem do peito, encontrei simplesmente amigos, humanos com quem gosto de estar e conversar.
Corri com prazer e com "garra"!
Melhorei o meu recorde este ano dos 10Km em cerca de 5m, fiz 42.34.
Estou ansioso por mais uns treinos nas areias.

Viva a Liberdade!

Faltam 94 dias para o Raid Melides – Tróia.
A minha crónica no fórum.


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 4/26/2006 06:45:00 AM


quinta-feira, setembro 12, 2013

[O Homem da Maratona] UM DIA PERFEITO (2006)

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 4/23/2006 07:39:00 AM


O meu 5º treino nas areias foi um dia perfeito.
Estou de folga os miúdos não estão e a minha mulher está a trabalhar, estou livre como um pássaro nesta primavera! Quero fazer um treino longo, apetece-me sair fora dos locais aonde habitualmente treino. Visto o equipamento, encho a mochila de raide com água,duas barras energéticas, máquina fotográfica, telemóvel e entro no carro. Para aonde é que vou? Tinha visto as marés, sabia que a preia mar na Trafaria era por volta das 13hrs, portanto... Lagoa, Meco ou F. da Telha? Fonte da Telha! Não era a primeira vez que ali treinava, mas decidi introduzir novas variáveis. Há dois meses atrás, quando ainda não pensava em ir ao Raide Melides - Tróia, tinha deixado o carro perto do portão das instalações da Nato na Fonte da Telha, começando o percurso pela Arriba Fóssil retornando depois pela praia, desta vez foi ao contrário. 
O dia estava óptimo, sem calor, ligeiramente nublado, com uma aragem marítima fantástica e a praia praticamente deserta - Just a perfect day
Começo o treino,  faço algumas fotografias, reparo que a boca da Lagoa de Albufeira está sem ligação ao mar ( espero que a abram depressa) e questiono se devo voltar para já para trás. Não, sigo antes pelo interior da Lagoa num cenário lindíssimo! Perto da 1h15 de treino decido retornar agora pela Arriba Fóssil, escusado será dizer, para os que conhecem a zona, quais são as sensações de correr num cenário destes, para os que não conhecem, só posso dizer, experimentem! Quando chego perto do restaurante aonde deixei o carro já com duas horas de treino, tenho vontade de fazer mais mas é melhor não abusar.
Uma chuva miudinha refresca-me, mesmo assim vou tomar uma banhoca de mar, para mim mergulhos é o ano todo. Volto para casa a ouvir UB40, " The Way You Do The Things You Do".
Faltam 98 dias para o Raid Melides - Tróia.




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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 4/23/2006 07:39:00 AM

terça-feira, setembro 10, 2013

MEIA MARATONA SÃO JOÃO DAS LAMAS - O QUE É BOM, RECOMENDA-SE!

Atrás da máquina o camarada Álvaro, na fotografia o Mayer, eu e o Fernando Andrade, aqui a correr do lado de fora pois é o organizador da MMSJL há 36 anos.
 A fotografia parece um postal antigo mas foi tirada no sábado passado. Ilustra parte do percurso da meia maratona que serpenteando entre montes e vales nos revelou a beleza da "zona saloia" e a efusiva simpatia dos "saloios"( Foto: Álvaro Costa)

Pois é, sete anos depois fui a uma corrida estrada, e que corrida! A segunda meia maratona mais antiga do país, é a grosso modo "BBB", ou seja é  "boa, bonita e barata". Eu é nunca ali tinha ido, apesar dos 30 minutos que "gasto" de carro a partir aqui de casa ( Sintra - S. João das Lampas), como me arrependo... Para o ano conto repetir, se o meu patrão, os deuses do PDI e a falta de visto para viver e trabalhar num país desenvolvido deixarem ( ah, pois...)!
Organização, percurso, público, prémios, e, desculpem se me esqueço de alguma coisa, está muito próximo daquilo que se deseja numa festa da corrida para todos, não fosse o projecto e a execução desta "meia" uma "realização" de uma das referências do pelotão popular, o Fernando Andrade. Quanto ao resto que resta  e por isso fica, é uma colecção de emoções e sentimentos próximo do que defino por "felicidade": a antiga camaradagem e amizade que o tempo não esbate, o prazer do convívio com os que partilham os mesmos gostos, as mesmas paixões, sintonia com o tal "sentido da existência", o respeito e admiração pela diferença e pelo esforço dos que estão "dentro" e sobretudo dos que estão "fora", o desafio que superamos e nos dá coragem para desafios maiores, na corrida mas sobretudo na vida e outras coisas que em reserva guardo para mim, até porque as palavras são palavras, servem apenas para "pôr em comum" e outras linguagens necessitam também de outras "circunstâncias", parecidas também com esta.
Forte e fraterno abraço aos amigos que me acompanharam ao longo do percurso ( suportando a minha tagarelice por duas horas): a Dina Mota, sempre a estabelecer pontes de carinho e atenção, sempre a reforçar bons sentimentos, ao Velez, que já começa a ser um "velho" camarada, porque o conheço vai para um bom par de anos, sempre presente, bom de conversa e assunto, um lutador que não deixa os amigos morrerem no "campo de batalha". Abraço também aos estimados veteranos, Fernando Andrade, Mayer Raposo e Álvaro Costa, pessoas com quem tive a sorte de me cruzar na vida e com eles aprendi a ver melhor os horizontes desta. Ao Tigre, que me trouxe quase "ao colo" de volta para os treinos e me apresentou os PR, com quem agora treino perto de casa e me motivo para mais desafios, aos reencontrados "Machada Runners" com quem treinei durante uns tempos na Mata da Machada no Barreiro até começarem a ter um "andamento de outro planeta", muito por culpa minha que não me "especializei" na corrida, mas também por ter mudado de malas e bagagens para a margem norte do Tejo, o António Soares, a Chantal e o Jaime, e muitos outros com quem apenas troquei breves palavras ou gestos e por isso não figuram no mesmo grau de importância neste texto ( Abraço Ana Pereira, Paulo Fernandes, João e alguns PR´s e, claro, algumas das "minhas" Lebres).
O "day after" é que não foi fácil, uma crise de lombalgia ( acidentes antigos, o peso, a idade e o alcatrão que não é o ambiente mais saudável para correr) obrigou-me a estar na horizontal grande parte do dia, afastando-me dos bonitos concertos do "Out Jazz" ao Domingo em Lisboa. Esta sensação de estar "partido em dois" e as pernas doridas por uma distância que há muito não fazia, apenas me permitiram recuperar com uma sofrida caminhada de 1 hora de manhã, "sugerindo-me" a sensatez de descansar ontem. Hoje, francamente mais "desempenado", já pude vir de bina para o trabalho ( como faço a maior parte do ano) neste belo dia de Setembro ( a luz deste mês é a mais bonita ) . Amanhã conto retomar os treinos de corrida com a esperança de na sexta meter 25km nocturnos com alguns "ultras" do PR, a ver vamos. 
Até breve.

PS - Só coloquei fotografias autorizadas pelos autores.

À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...