terça-feira, dezembro 30, 2014

ESPERANÇA - BOM ANO DE 2015


Se para mim 2014 não foi um grande ano desportivo, encerro-o com uma jovem ciclista, que diga-se aprendeu a andar de bicicleta em duas horas há pouco mais de cinco meses e depois de anos de recusa, a prometer-me: " pai, um dia destes vamos fazer a volta a Portugal juntos". Se este ano foi marcado, além das participações esporádicas em provas, por duas inéditas desistências ao longo de quase 20 anos de retorno à pratica desportiva, tenho cá em casa uma cinturão laranja de karaté, que mostrou a todos, sobretudo aos que não acreditavam que fosse capaz, o que é o "b à ba" do kata. E se os meus 90kg, as sucessivas lesões, os treinos espaçados por semanas, são os efeitos de um maior sedentarismo em consequência de mais horas de trabalho, muitas delas nocturnas, com má alimentação e menos descanso, oiço o treinador da piscina, o professor de ginástica da escola, entre aqueles que acreditam que a profissão vai mais além das competências técnicas ( porque sem investimento afectivo pouco se consegue na vida), dizerem-me, " a sua filha teve uma evolução fantástica!".
Há uma palavra que destaco nesta fotografia ( entre muitas palavras significativas) que é, ESPERANÇA! Será o que vos desejo também em 2015! Bom ano.

sábado, dezembro 27, 2014

5ª SÃO SILVESTRE PIRATA DE MONSANTO

Foto: Paulo Pires

Mais de 300 pessoas reunidas para fazerem ao mesmo tempo um treino nocturno de corrida na Mata de Monsanto, um convívio informal na Associação de Moradores do Bairro do Zambujal e uma acção de solidariedade, é obra! O maior prémio foi distribuído por todos: alegria! Obrigado aos promotores da 5ª São Silvestre Pirata de Monsanto. Agradecimento que faço na pessoa do Orlando Duarte, um exemplo de quem mantém vivo os valores do "movimento de corrida para todos" iniciado há umas décadas atrás. "Mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades", mas manteve-se a mesma saudável amizade do pelotão corredor. Abraços, bom ano a tod@s!

terça-feira, dezembro 16, 2014

MAIS UM MALHO DO C. ( VULGO, TRALHO)


Imagem do penúltimo tralho na "calçada portuguesa" há cerca de um ano

Pois é, isto de ser ciclista na cidade de Lisboa é coisa que " não assiste a toda a gente". Qualquer um (uma) que se disponha a pedalar nesta cidade tem de ter em conta as suas "singularidades". Até mesmo quando se circula de bicicleta nas recentes e supostamente mais "seguras" ciclovias. Raras são as que não tem malta a andar ou a correr,  sobretudo a passearem um cão que adora atirar-se a tudo o que circule em duas rodas. São também muitos os carros estacionados nas ciclovias e/ou que a utilizam a para ter acesso a estacionamentos ilegais ( circulando numa boa parte do seu trajecto), zonas de atravessamento de estradas sem passeios rebaixados e sinalização adequada, buracos, agora cobertos de água que se confundem com poças, proximidade de vias que podemos chamar "rápidas" porque toda a gente circula a 90km/h, sem delimitação com a zona dos ciclistas,  isto para não falar do "luxo" que seria ter zonas de descanso com água potável e para a manutenção das binas ( compreendo que não as haja, porque são as primeiros equipamentos alvo de vandalismo, como já vi). Nas vias ditas "normais" ( aqui há mais semáforos e portanto nem sempre os condutores podem embalar a "máquina" à Fitipaldi) repete-se o cenário descrito, ao qual acresce outra "particularidade", a fauna pouco extinta de condutores lisboetas e a sua vocação para a "condução ofensiva" ( aqui ninguém joga à defesa é tudo ao ataque). Mas a "fina flor" desta espécie são os taxistas, cujo a vocação para a tangente aos ciclistas, lhes dá quase o acesso a uma bem sucedida carreira de "serial killers" ( dá, convenhamos, umas "equivalências"). 
Além de ser um sempre um candidato às estatísticas negras da sinistralidade rodoviária cada vez que decido pedalar na cidade de Lisboa, correndo com o isso risco de ser o  protagonista involuntário da decalcada história que os assassinos de ciclistas contam à polícia, " Sr Agente, vi-o ao longe e fiz uma ultrapassagem dando-lhe cerca de 10 m de largo ( mais coisa menos coisa) mas o tipo atirou-se com a bicicleta para cima do carro, não tive outra hipótese senão passá-lo a ferro", gosto muito de andar de bicicleta nesta cidade, mesmo que além destes irrevogáveis condutores citadinos, tenha ainda de contar com os muitos carris de eléctrico inutilizados e "camuflados" com alcatrão, razão de muitos  e (com)provados tralhos. E como se isso não bastasse, no top dos "monstros sagrados" do perigo ciclista, temos também a famosa calçada portuguesa, sobretudo molhada ( com aquele tipo de chuva "molha parvos" que não a chega a lavar bem apenas lhe dá brilho) e impreterivelmente besuntada com a caca dos muitos pombos da capital, se torna uma pista de sky sem neve, qual Suiça qual quê, o melhor sku faz-se por cá. Aliás, esta "bicheza" que para mim são uma espécie de ratazanas com assas, porque debicam, sujam tudo e multiplicam-se como roedores, trazerem também doenças respiratórias que cruelmente matam os velhos solitários desta cidade, os mesmo que generosamente os alimentam. Só me apetece torcer-lhes o pescoço, é que nem para uma canja servem!
Hoje, tal como há um ano atrás, ainda fiquei na dúvida se mais um dia de chuva "molha parvos" seria o tempo ideal para vir para o trabalho a pedal, mas umas bem conseguidas duas horas de treino de corrida ontem, deram-me a "pica" qb para continuar a saga atlética hoje No ano passado "espanhei-me" logo no primeiro quilómetro do trajecto por causa da mesma fatídica combinação ( calçada+chuva+caca de pombo), com as pernas a serem atravessadas pelo pedaleiro, hoje melhorei a prestação, já estava a escassos 100mts da porta do trabalho. O lado positivo, é que fiz uma desejada depilação da perna e braço direitos e agora só me falta o lado esquerdo. Ah, e mais uma vez agradeço ao "santo capacete" a protecção da divina mioleira. Sem ele, tinha feito uma lobotomia a sangue frio.
Ainda me falta o regresso mais logo, agora no eixo Arco do Cego, Praça de Espanha, Bairro da Liberdade, Monsanto, Casa. Será que devia comprar um terço na loja do chinês aqui perto do trabalho e pendurá-lo no guiador?  Nesta terra precisamos sempre de proteção divina! Para já digo: Carpe Diem Zen!

quarta-feira, dezembro 10, 2014

PR´S PARA ME FAZER SUAR AS ESTOPINHAS


De regresso aos treinos com os PR´s by night in Monsanto ( não foi all night long, foram só 13km em 1h40).

PS - Bolas, não é que agora estou a ter uma dor ciática na perna direita?! Vou ali ao Professor Karamba, já volto.

domingo, dezembro 07, 2014

TRILHO DOS ABUTRES 2015

Este ano, depois do estoiro nos 100km de Portalegre entrei mais uma vez em "modo vegetativo", isto é, treinar só quando o "rei fazia anos" ( é que ainda por cima sou republicano). Acordei há umas semanas desta letargia quando ao sair de um consultório "lamuriei" para a minha interlocutora : "finalmente tenho barriga de quarentão!" Ao que ela me respondeu laconicamente: "é a curva da felicidade!" Esbocei um sorriso... amarelo! Pensei que o meu desabafo daria azo a uma expressão condoída dela do tipo: " você, um desportista, devia voltar a fazer exercício, ter uma alimentação regrada, descanso, como boas noites de sono, vai ver que consegue voltar a ser o tipo atlético de outrora" ( cof, cof - tosse). Em vez disso oiço, " é a curva da felicidade", como se o que me impede de apertar o botão de cima das calças quando conduzo, assar os tintins e o entre pernas quando corro, ou ainda ficar com a sensação quando subo umas escadas que transporto uma mochila de 90kg colada às costas se pudesse chamar, "felicidade". Como se fosse "natural" todos os quarentões parecerem uns pinguins felizes, que ao olhar para baixo só avistam uma "proeminência redonda e peluda" e fossem adorados por isso como "deuses da fertilidade"! Felicidade o tanas! 
Decidi voltar a correr depois deste "detrato" e pior, além do sofrimento que é locomover este corpanzil nestes primeiros treinos, decidi autoflagelar-me pela terceira vez em cinco edições nesta prova de me faz estar quase 10 horas numa serra a dar trambolhões e a arranhar-me todo, o Trilhos dos Abutres! 
É que eu não gosto nada de ser "feliz"... Ou, como disse o idiota no video em que está andar de skate numa estrada nacional e que por pouco não ficou colado ao para-brisas de um carro como um mosquito: "felicidade é coisa que não me assiste"!
PS - Não esperem que vou postar aqui fotografias minhas das "fases da dieta com exercício", nas quais passaria de balofo a modelo da Armani. Não. É que o natal está à porta e na família há quem alimente bem a "curva da felicidade" sem se preocupar muito com isso e eu sou, como dizia a minha mãezinha, um tipo "influenciável".
Fotografias da edição de 2014 quando ensaiava um visual à "Lumber Jack". Depois da barba crescida reparei que afinal o visual pretendido se aproximava mais de "Pai Natal".






À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...