domingo, junho 23, 2013

A AMIZADE


Tens razão Tigre, eu também acho que a amizade é a única substância que não sofre a erosão do tempo ( o resto nota-se nos cabelos brancos, nas barriguitas :-).

Obrigado pelo convite para treinar em Monsanto, confesso que há muito que não me sentia tão "livre" ( tentei o fazer o mesmo hoje mas o máximo que consegui foi correr durante uns sofridos 30m). Ah, e a cervejola num final de tarde com quase 30º, foi de mestre! 

Um relato facebookiano de algumas memórias comuns ( faltam outras tantas que ainda havemos de "pôr no papel") escrita pelo camarada Luís Miguel que tenho o prazer e a honra de partilhar aqui no Trilhos.

Forte abraço Tigre.

"Diz algo sobre a foto ? Digo pois ! Então toma lá ò Facebook :

Digo que havia um tempo que aos fins de semana treinava no Monsanto um grupo mais ou menos numeroso (tinha alturas...) que viria a ser apelidado dos "bebe-chás" (de limão), pois a agua de vialonga ainda não tinha entrado no cardápio...

Um grupo que um dia se lembrou de fazer o GP Fim da Europa em versão dobrada - 35 kms - sendo hoje quase um lugar comum a quem demanda o GP Fim da Europa, mas na altura juntou 25 maduros numa manhã chuvosa e até mobilizou um alentejano que muito espantado ficou quando soube que depois de tal empeno ainda teria de ir à "periquita". A dos travesseiros pois, mas no Alentejo não havia tal doçaria e o homem estava em pânico com a perspectiva de esforços mais do dobrados, redobrados;
Um grupo que muito antes de fazer de haver essa coisa apelidada de Urban Trail (que barbaridade este angliscismo ! brr !!!) começou a fazer treinos nocturnos em plena Lisboa à 01h00 e alguns deles,a maioria mesmo, temáticos;
Um grupo que enquanto se dirigia de comboio para Cascais já perto de meia noite, precisamente para iniciar lá em Cascais um treino até Lisboa, via marginal, se lembrou que no ano seguinte era bom que fossemos a Ronda - coisa impensável à altura, pois 100kms eram uma barbaridade;
O mesmo grupo que achava normalíssimo fazer 4 maratonas de estrada por ano, quando o bom senso e os especialistas recomendavam apenas uma e muito eventualmente duas por ano e bem espaçadas:
O mesmo grupo que esteve presente nas primeira edições da Serra da Freita;O mesmo grupo, nem todos, que tiveram nas primeiras edições do Caminho de Santiago logo depois de ter saído da Maratona de Paris; O mesmo grupo que derivou do antigo fórum atletas.net e que indirectamente ou directamente levou ao aparecimento do fórum O Mundo da Corrida e até, de certa maneira ao surgimento da Associação com o mesmo nome; O mesmo grupo que um dia se mobilizou para ajudar dois companheiros a fazerem Lisboa-Fátima (e que aventura foi ...); 
O mesmo grupo que, de certa maneira e perdoem-me a imodestia, lançou, ainda sem que de tal realmente tivesse consciência, as sementes de tantos eventos não oficias que hoje pululam pelo FB e provavelmente até de algumas provas ditas "loucas".
Tal como o famoso slogan que de tantos em tantos anda por aí por aí em cartazes em cidade e meia: "Eu (e outros) fuí !"
E poderia continuar, mas fico-me por algo que nunca passa, que perdura muito para além das provas, da performance mais ou menos atlética de cada um de nós, dos eventos, dos fóruns, das provas, das rugas, dos cabelos esbranquiçados, das barriguitas :

A amizade !"

Luis Miguel - Tigre

quarta-feira, junho 19, 2013

DESISTIR?! NUNCA!


Mais de seis anos separam esta imagem tirada por mim dentro de um moinho na Serra do Louro ( entretanto recuperado). Anos de muitas aventuras e desventuras, altos e baixos ( não é assim a vida?!). 
Recordo-me bem desta caminhada a solo pela Arrábida ( como eu amo esta Serra!) e de outras então. Recuperava por estes dias de uma grave lesão nos dois joelhos provocada por, após um longo período de paragem, ter voltado a treinar e logo com afinco, para uma emblemática prova que havia sido reeditada em 2005: a Ultra Maratona Melides Tróia ( que desde então não mais foi interrompida). O tal "tempo perdido" tentei resgatá-lo à pressa e logo nos areais da Fonte da Telha, Apostiça e Lagoa de Albufeira, cenário "ideal" para treinos longos acima dos 20km. O resultado ficou à vista, sem um adequado reforço muscular e articular, capacidade cardiorespiratória, os treinos intensos na areia deixaram-me ao fim de dois meses com dores nos joelhos, que de "moinhas" (  ignoradas ao inicio) passaram muito rapidamente a "insuportáveis". O diagnóstico no Hospital Militar não tardou: "condromalácia patelar" ( nome pomposo como esternocleidomastoideu). A recuperação essa, adivinhava-se longa, penosa e na voz de clínicos mais cépticos, talvez impossível. 
Após o desalento inicial, não desisti. Disciplinei-me interiormente para tornar o suposto "impossível" em "possível" ( bolas, falta-me agora essa determinação) e por isso cumpri "à risca" a fisioterapia com reforço muscular, medicação, uma boa alimentação, nadei para não perder massa muscular e mais tarde, quando  os meus joelhos já não estavam presos por arames, marchei, na Arrábida, na Mata da Machada, na Serra de Sintra e no "local do crime", as bonitas arribas da Fonte da Telha! Retiro por isso uma palavra do cardápio da psicologia que pode (passo a redundância) explicar o que se passou: motivação! Intrínseca, ao focar o pensamento na realidade, no essencial ( e não no acessório), no lado positivo da experiência presente, nos ganhos desta no passado e na garantia dos seus efeitos futuros e também extrínseca, vinda de amigos, companheiros da corrida e familiares, apoio este, tão decisivo como o autoregulado.  Isso foi suficiente para voltar a ser o "corredor" que sempre fui ( apesar das interrupções mais ou menos longas ao longo da vida, algumas com consequências irrecuperáveis para a saúde) no apologista do desporto que sempre serei ( mesmo no dia em que não possa ser praticante).
Seis anos passaram após este ( entre muitos) êxtase arrabidino! Talvez, como no passado, tenha de reformular alguns valores, atitudes, entendimentos... Como costumo dizer, "baralhar e dar de novo"! No fundo, já fiz tanto e tão diverso, sempre com a mesma paixão de estar na vida pela descoberta, pelo prazer da superação dos tais "limites" ( ilimitados digo eu), pelo convívio e respeito pela diferença que serei mais uma vez capaz, sim. Desistir?! Nunca!








segunda-feira, junho 17, 2013

domingo, junho 16, 2013

AVENTURA-TE... EM ABRANTES!

Depois da realização dos campeonatos nacionais, a Taça de Portugal de Corridas de Aventura tem a sua próxima jornada na bonita região de Abrantes. Dias 6 e 7 de Julho, não faltes, aventura-te!


Recebi do Afonso Pimentel do COA, clube organizador desta jornada de aventura:


O COA tem o prazer de anunciar que estão abertas as inscrições para o II Raid Aventura de Abrantes, a contar para a Taça de Portugal de Corridas Aventura


Durante a próxima semana, as informações irão sendo completas ou atualizadas, à medida que as validações se forem concluindo.


Etapa 1 – pedestre com atividades
Etapa 2 – BTT + Ori-BTT
Etapa 3 – Pedestre
Etapa 4 – Canoagem (noturna)
Etapa 5 – Pedestre + Ori-Pedestre
Etapa 6 – BTT
Etapa 7 – Score 100 + enigmas
Etapa 8 – Porco no espeto com arroz de feijão :-)

Eu só tenho treino para a última etapa, se houver uma equipa que me aceite nestas condições, estou por aqui ( até estou de férias na data :-)!
Abraços

segunda-feira, junho 10, 2013

ENTRE MARGENS

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender... 

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... 

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

(Fernando Pessoa)













À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...