sábado, novembro 30, 2013

[O Homem da Maratona] DOING IT FOR EMILY - 2006

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 11/08/2006 03:37:00 PM

Republicado o blogue o "Homem da Maratona" ...



Na praia das Bicas - Meco

Depois de uma longa paragem nos treinos e competições a motivação para recomeçar não é muita. Sinto-me pesado, preso e acima de tudo desmotivado.Da motivação o senso comum sabe ser aquilo que nos move para uma acção, uma espécie de "força" que vem de "dentro", mas que também sabemos vir igualmente "de fora". Nesta última, o papel dos outros é fundamental e o dos que estão próximos de nós, o mais importante de todos! A propósito disto, passo a contar uma história que ouvi/vi há uns anos atrás e que emergiu na minha memória depois de ver as fotografias tiradas na Praia das Bicas durante um treino em Fevereiro deste ano, onde apareço com a minha pequena sereia. Nos anos 90, o canal de televisão "Eurosport tinha a "saudável" tradição de nos mês de Novembro passar a reportagem do Ironman do Havai realizado um mês antes ( realiza-se todos os anos em Outubro), acontecimento que eu não perdia, mesmo que programasse o vídeo para o gravar na minha ausência. Nestas apresentações eram passadas antes do resumo da prova, várias reportagens com "atletas do pelotão" onde eram destacados aspectos da sua vida pessoal, do seu treino diário, mas acima de tudo da razão que os motivara para estarem ali prontos para iniciarem tão duro desafio. Como havia dito, uma das histórias ficou gravada na minha memória, era a de um Pai que depois de uma longa vida de sedentário decidira tornar-se um Ironman por causa da filha. Dizia ele, que um dia sentado no sofá vira na televisão a prova do Havai e que confidenciara à sua filha Emily então com 7 anos, que um dia gostaria de ser um daqueles "heróis". Sabia que isso seria um desejo quase impossível, pois era obeso e nunca tivera hábitos desportivos e pouca vontade tinha de os adquirir. A filha disse-lhe que não, que o pai lhe havia ensinado que "quando se deseja com muita força tudo acontece", até aquilo que parece ser impossível, como vir a tornar-se um daqueles "super atletas".  À Emily meses mais tarde foi diagnosticada uma leucemia que lhe provocou a morte pouco tempo depois, apesar de todos os "esforços" do Pai e da medicina, o que me fez pensar que afinal existem coisas que nem todo a vontade, fé e amor humano podem vencer. Outras parece que sim e o exemplo está no Pai da Emily que venceu a sua dor treinando para o Ironman lembrando as palavras da menina: " nada é impossível se o desejares"! Tornou-se um "Ironman" no ano seguinte , transportando consigo o retrato de Emily em todo o percurso onde podíamos ler: " Doing it for Emily"! Em lágrimas no final da prova, lembrava-nos que parte da força de nos move vem dos outros, sobretudo daqueles que nos amam, a maioria das vezes traduzidas nas palavras e gestos simples como os da Emily.
Na praia das Bicas em Fevereiro eu estava motivado para correr, tinha um objectivo e duas admiradoras que não paravam de me incentivar. No momento em que escrevo, a minha fã mais pequena foi buscar um capacete de bicicleta e lembra-me que lhe prometi uma cadeira que montarei na minha bicicleta e onde faremos uso deste objecto que nos protegerá cabeça de males maiores durante as já programadas voltas na Mata da machada. O meu filho há duas semanas atrás insistiu para que fosse com ele à corrida do Tejo e a minha mulher diz-me que já tem saudades de me ver nadar (adora ver-me de fato de neoprene, a marota). Portanto a mim resta-me perder uns quilos, começar a treinar, sentir-me feliz e fazê-los felizes! Não me parece nada difícil, quando aquilo que me move é a força daqueles que me fazem acreditar naquilo que afinal desejo.


 
Posted by Zen to O Homem da Maratona at 11/08/2006 03:37:00 PM

PALCOS DE AVENTURA





quinta-feira, novembro 28, 2013

[O Homem da Maratona] PASSEIO NOCTURNO ( Parte II) - 2006

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 10/21/2006 01:52:00 



A Serra do Louro é uma espécie de “varanda” com vistas “largas” para a península de Setúbal do Tejo até ao Sado. De noite, temos uma ideia mais aproximada da densidade da ocupação humana na região pela quantidade de pontinhos luminosos que são as luzes das casas e fábricas que não param de aumentar neste últimos anos. Apenas a Oeste avisto uma escuridão tranquilizadora que corresponde às matas da Apostiça e Sesimbra, mas também estas prontas num futuro próximo a converterem-se ao luzeiro. Não que tenha nada contra a palavra e conceito de “progresso”, apenas contra aquilo a que se chama “progresso” e que tem provocado feridas insaráveis neste espaço natural.
Tentei explicar esta ideia aos participantes à medida que caminhávamos e olhávamos em redor. Junto às povoações do “ Castro de Chibanes” e “ Alta da Queimada”, transportei os meus companheiros para o passado, fazendo-os imaginar a vida destas comunidades numa noite sem pontinhos luminosos no horizonte, apenas uma noite escura com uma vastidão que se imagina porque se vê de dia e ruídos da natureza, o vento, o rumor dos ramos das árvores no vale o piar de um mocho, o uivo de um lobo, talvez, quem sabe… Mais acima no trilho os moinhos que se reconstroem depois de algumas décadas de abandono, sinal de cultura e interesse de algumas gentes que percebem que o nosso futuro depende da identificação que temos do passado.
Chegamos ao ponto de retorno e digo: “ bem, agora vamos voltar para trás, não pelo mesmo caminho, mas na direcção aonde deixamos os carros”, sou surpreendido com um coro de amigáveis protestos de recusa. Decido improvisar o percurso, vou até ao ponto de intersecção da Serra do Louro com a de S. Francisco, viro na direcção ao vale dos barris por um trilho a meia encosta, mas que vai descendo até este vale, mais à frente subo a famosa "descida da burra”(desta vez convertida em subida) até ao alto da Serra do Louro novamente onde aguardo para ver menos sorrisos e mais máscaras de esforço daqueles que estavam mais atrasados. Não me enganei… afinal já estávamos a caminhar há quase 3hrs e o cansaço começava a notar-se, sobretudo em alguns (poucos) menos habituados a estas andanças. Caminho de retorno, pão quente no final, acabado de sair do forno de padaria serrana (pão fantástico este) que saboreamos junto aos carros com um queijo que alguém oportunamente comprara nessa tarde para fazer umas sandes lá em “casa” e que tão bem soube ao ar livre… ah e condimentado com uma chuva que finalmente cumpria a sua ameaça.
Nas despedidas, exigência que a próxima caminhada seja para breve e projectos de idas a “Gredos”, “Picos da Europa”...com a Claúdia a perguntar-me: “ Zé e porque não vamos todos ao Nepal ver o Annapurna ao nascer do sol?!” “Mas eu já lá estive hoje!” Respondi. Ela com uma expressão incrédula que eu desfaço: "é que para mim as tuas palavras valeram mil imagens”.


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 10/21/2006 01:52:00 

quarta-feira, novembro 27, 2013

[O Homem da Maratona] PASSEIO NOCTURNO ( PARTE I) - 2006

Posted by Zen to O Homem da Maratona at 10/01/2006 03:01:00 PM

( FOTO DE FAMÍLIA)

o foi um dia fácil. Como são afinal muitos dias da nossa vida. Mas neste podemos usar uma velha frase também rebuscada ao estilo do cinema hollywoodesco: “ tudo está bem quando acaba bem” (mesmo que antes, tudo tenha sido um desfile de desgraças absurdas). No entanto este “happy end” tardou em revelar-se, isto porque uns dias antes já tinha decidido que seria melhor não realizar o passeio antecipando as previsões de chuva para esse dia o que a acontecer tornaria o percurso perigoso pois parte deste tinha rocha e a mesma tornar-se-ia escorregadia quando molhada aumentando a probalidade de acidentes, sobretudo nos caminheiros mais inexperientes. A agravar este facto, ainda com uma ténue esperança de que as coisas melhorassem e que à última hora pudesse telefonar aos que estavam mais próximos para irmos “arejar” a cabeça para a Serra, o dia começou “cinzento” mas em disposições humanas: uma familiar doente, idas ao hospital e cansaço acumulado também por uma noite mal dormida. Pela tarde, aquilo que de manhã parecia “um grande problema de saúde”, passou a ser um “mal menor”, mas o meu dia já estava sentenciado: seria uma sexta-feira enfadonha a treinar o fastidioso “zapping” e um "chichi cama" em grande estilo rotineiro o que aliás até precisava.
Mas o telefone tocou, eu atendi ( o que nem sempre faço quando estou estoirado) e do outro lado estava a minha sobrinha Carla desgostosa a dizer que os amigos tinham lido a mensagem do e-mail que lhe mandara acerca da anulação do passeio, que eles tinham ficado muito tristes pois já tinham preparado o “equipamento” (esta geração é assim, aperalta-se sempre bem para as ocasiões) e que com chuva ou sem ela adorariam caminhar comigo na Serra. Ela perante o coro de todas estas "reclamações", disse-lhes: “ está bem, vou dar a volta ao meu Tio” e deu. Eu ainda lhe respondi“ Carla, estou cansado" e aqui fiz uma pausa para pensar no sentido mais implícito do pedido daminha sobrinha " mas...como gosto de pessoas com esse espírito aventureiro, venham ter comigo às 9h30 aqui ao pé de casa”, não queria dizer-lhe que os tios condescendem sempre aos pedidos das sobrinhas aflitas. Espreitei os canais de metereologia na internet e os mesmos mantinham as previsões que já conhecia, se bem que tal como no "Cabo das Tormentas" a "borrasca" aqui era mais intensa acima do Cabo da Roca e "dobrando-o" tudo era mais calmo, se bem que também incerto. Bem e lá parti para a "I Caminhada Zen & Companhia" que com os atrasos (como eu os detesto) começou pelas 10h45 sem que antes se fizessem as apresentações da praxe ,(más) fotografias de "família", abastecimento e recomendações do guia: “ não sair dos trilhos marcados”, “não deitar lixo no chão”, “não se separar do grupo”, “fazer pouco barulho”, pois o passeio era nocturno e mais uma série de recados que se devem dar nestas circunstâncias, úteis aos caminheiros e os quais a natureza também agradece.Reparei que o grupo estava animado o que indicava que a noite prometia ser de divertimento.Para rematar a palestra ainda perguntei: “ alguém tem experiência de caminhada”? Resposta: toda a gente! Fiquei surpreendido,e, mais fiquei quando no grupo uma simpática menina ( no alto dos seus 30 anos) de nome Cátia me disse modestamente já ter feito “uns trilhos” no Nepal,nos Picos da Europa, no Gerês e que este ano ainda daria um "salto" à Serra de Gredos com os mesmos propósitos: caminhar. Fascinado que sou pelos relatos orais dos viajantes (as imagens para mim não são tudo) e por histórias de montanha, elegi a Cátia como companhia privilegiada sem contudo esquecer a atenção a dar ao restante grupo que exigia um guia experiente para tãoexperientes participantes...(continua)


EU E A "TREKKER" DO NEPAL


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Posted by Zen to O Homem da Maratona at 10/01/2006 03:01:00 PM

segunda-feira, novembro 25, 2013

MEMÓRIAS DA SERRA DA CARREGUEIRA





( Legendo só a última fotografia - este era um tanque de água próximo do quartel onde vínhamos tomar banho no verão na esperança de vermos também umas miúdas que por lá apareciam de vez em quando)

Por vezes basta uma palavra, um encontro com uma pessoa ou o regresso a um lugar, para que a memória se abra como um livro e revele parte da história da nossa vida que afinal, ao contrário do pensamos, ainda está bem viva em nós. Foi o que me aconteceu esta semana com o convite do Luis Miguel para um treino na Serra da Carregueira - Sintra, local onde há 27 anos atrás, estive às ordens do Estado pelo período de 16 meses a cumprir o então "serviço militar obrigatório". Chamava-se na altura "Regimento de Infantaria nº 1", que incluía um dos chamados "Batalhões operacionais de primeira linha" do Exército português, o que significava, homens prontos para uma eventual intervenção militar imediata, isto apesar da guerra colonial ter acabado na altura havia 12 anos e não termos beligerância com nenhum outro país em redor.
O "da infantaria do primeiro", tinha as habituais companhias de "serviços" e "comando" no chamado "batalhão de serviços e comando" e o tal "batalhão operacional" constituído por duas companhias de "atiradores" e uma de "apoio a combate", a CAC, esta com sapadores, misseis anti-carro, pelotão de reconhecimento e morteiros pesados, onde eu me incluía na qualidade de "apontador". Como resultado desta exigência operacional, passei a maior parte do tempo de tropa "no mato", ou seja, a percorrer a Serra da Carregueira de lés e lés, quer em dias frios e húmidos como o do treino desta semana, quer em dias de calor tórrido, também frequentes nestas paragens no pino do verão. Usando o calão militar, posso dizer que passei de "maçarico" à "peluda" sempre a "arranhar", quer em exercícios tácticos, quer agarrado à G3 na solidão das guaritas, a guardar carreiras de tiro, paióis e outros redutos da "segurança nacional". Foram tempos difíceis para um jovem de 20 anos, até porque a rebeldia de então custou-me muitas reclusões disciplinares, nas quais fui obrigado a passar semanas fechado a olhar apenas esta serra e tipos de farda, e só não tiveram consequências mais graves, pela condescendência dos superiores ( enaltecendo outras qualidades como pessoa e militar). Junto a incrível sorte de não ser apanhado nas minhas fugas pela porta das traseiras do quartel, onde me desfardava nos pinhais da Carregueira para depois pedir boleia até Lisboa, passando por Belas e Amadora ou outros destinos incertos. O desejo de liberdade era tão grande, que corria por vezes este risco mesmo fardado,  cruzando-me com as muitas patrulhas da Polícia Militar nas estações de comboio e dos barcos, mostrando "toques de ordem falsos que assinava em contraluz no vidro da caserna, imitando pelos originais, a assinatura do Comandante da Companhia. Faltava-me apenas o carimbo da companhia, mas esse estava guardado no "ultimo reduto", o gabinete do Sargento. Poucos conseguiram tê-lo nas mãos, muitos ficaram pelo caminho apanhados com a "boca na botija". Mais uma vez, a sorte ou a audácia protegeram-me de males maiores, fui algumas vezes interpelado pelas patrulhas, nunca apanhado. Depois de satisfeito o prazer de ver amigos, familiares e uma namorada afoita da altura, regressava pelo mesmo caminho já de noite, saltando muros ao abrigo da solidariedade de camaradas, também eles reclusos da obrigatoriedade de servir o Estado a troco de um prato de comida, treino para matar e umas migalhas que mal davam para os "quartos" de bilhete para ir "à terra", que para o tabaco tínhamos de mendigar e partilhar. 
Ao contrário do Zé Sapateiro, do Badofo,  do "Cara de Bolacha" do "Caralhinho de Bolso" e de muitos outros que gostava de recordar, até porque muito provavelmente já não pertencem a este mundo, a tropa não acentuou a minha incapacidade de lidar com a realidade, com o tal "sistema", antes o contrário, fez-me, um tanto ou quanto violentamente é certo, alinhar-me com este ( apesar de não ser nenhum copo-de-leite). Sobrevivi, vivi e 27 anos depois estou ali outra vez, mas só em corpo, porque a mente perdi-a por instantes neste passado que apesar de começar a ser "remoto", tem agora muitas páginas vivas para folhear, mas que deixo para que não doa, submergir novamente na memória funda.
Espero que o Luis Miguel me perdoe por não estar a falar dos maravilhosos 30km que fizemos a correr num belo, mas infelizmente,cada vez mais descuidado espaço. Onde entre as antigas azinhagas, ribeiros de água fresca, árvores centenárias, ruínas de velhas quintas, fontes, mães de água, aquedutos, lavadouros, se erguem agora campos de golfe, condomínios fechados, vivendas de gosto duvidoso mas de óbvio pretensiosismo e, pasme-se, prisões gigantescas onde estão encarceradas algumas "figuras públicas" e onde sobra muito espaço para outras que infernizam a vida diária de todos nós.
Para a posteridade, fica mais um momento de amizade, o travar conhecimento com mais uma "boa alma", a minha queda num esgoto pútrido, repetindo um gesto do passado, mas agora (in)voluntariamente, a banhoca forçada na ribeira do Jamor com 8º de temperatura ambiente ( ali de águas cristalinas) para que o cheiro que trazia no corpo não contaminasse o prazer da minha companhia, as lições de história do Luis, entre outras coisas para mais tarde recordar. Obrigado camaradas de hoje e, de ontem!
Abraços.

quinta-feira, novembro 21, 2013

UTZ K48 - Pelas belas margens do Zêzere


A malta encanta-se com os relatos das viagens de Miguel Cadilhe pelo mundo, mas nunca leu Raul Brandão, José Régio, Camilo Castelo Branco ou Eça descrevendo as paisagens do nosso país ( desculpem, mas não conheço autores mais contemporâneos). Muito conhecem mais depressa os Alpes ou os Pirenéus e as suas "estâncias turísticas" do que a "sua" Serra da Estrela, a Lousã a do Gerês e a muita oferta de "turismo natureza e de habitação" que por lá há. Já para não falar de que alguns preferem viajar 17hrs para Alcapulco ou mesmo 20hrs para as Seychelles,  mas não conhecem as belas praias de Milfontes, da Zambujeira ou mesmo Tavira. Não é com a intenção de fazer um julgamento acerca das escolhas dos outros ou afirmar uma supremacia moral que escrevo isto, também eu gosto, sempre que posso, conhecer o mundo, mas também posso dizer, orgulhosamente, que conheço uma boa parte do país em que nasci e acerca do qual não me canso de apregoar aos sete ventos, é belo, é rico em paisagens naturais e humanas, é nosso! Bem... para quem gosta de natureza, património, cultura, boa comida e aprecia respirar até que lhe piquem nas narinas as essências que a terra respira, porque para quem não gosta, sorteio uma semana de férias em Benidorm, refeições de calamares com batatas fritas, lojas chinesas a vender sombreros coloridos, praias a cheirar a óleo de côco e combustível e a companhia ruidosa de suburbanos ingleses ou alemães a beber cerveja às 10 da manhã. Pronto, estou a fugir para a ironia, a felicidade também pode ser isto, menos a minha.
Aterro no propósito deste mensagem. Acabei no Zêzere o terceiro "ultra esforço" no espaço de um mês e agora descanso até Janeiro, altura em que responderei a nova chamada da Serra da Lousã para o "Ultra Trail dos Abutres". O que posso dizer acerca da prova?! Realizou-se nas belas margens de um rio tranquilo  e fecundo que é Zêzere, foi razoavelmente bem organizada ( falta um bocadinho) e com  um percurso suficientemente duro e desafiante para um tipo afirmar que, "isto é que é trail"!
O desempenho desta vez foi melhor e menos sofrido do que na Lousã: 62º entre 165 "finishers" do Ultra Trail, com o tempo de 6h56m, num percurso com o D+ 2400mts e, pelas contas dos muitos que agora carregam GPS´s, aproximadamente 50km ( faltou um bocadinho). Comecei como sempre, lento na causa do pelotão e há medida que fui aquecendo e o percurso tornando-se mais técnico, comecei a subir na classificação. Nos primeiros 15km fui sozinho, depois tive a fantástica companhia do Vasco e mais adiante da Ana Groznik ( 4ª classificada feminina), que descolaram aos 42km, altura em que embati no meu "muro", embora não com a força suficiente para ficar KO.
Em jeito de conclusão: abraços ao Natesh e ao João Campos, companheiros de quarto e de um fim-de-semana bem passado, ao Vasco, amigo virtual que se tornou real ( com quem tive a oportunidade de falar coisas com interesse), tal com o Nuno Gomes, o "primo aventureiro" que a Margarida me apresentou virtualmente faz 3 anos e com tem tenho trocado elogios e cumprimentos acerca das nossas prestações desportivas, à Ana Groznick, uma força da natureza vinda do centro leste europeu e também uma excelente companhia para estas andanças e aos muitos camaradas que já não via fazia tempo e a propósito de quem guardo recordações de boas conversas e espírito fraterno.
Um conselho: viagem pela nossa terra fazendo desporto ( e a oferta é tanta agora)! Garanto-vos que guardam melhores recordações do que o "jet lag" e a "intoxicação alimentar" que apanharam a 5000km de distância daqui, além de não descobrirem que, o souvenir caro que compraram feito por artesãos mexicanos, é afinal um produto de uma linha industrial da China.
Abraços

terça-feira, novembro 19, 2013

62 22 81 José Neves ULTRA TRAIL DO ZÊZERE - 48 KMS (aprox.)
Vet. M40
Clube Aventura do Barreiro
Lisboa
6 56 57

sábado, novembro 16, 2013

PRONTO PARA OS 48K DO TRAIL DO ZÊZERE


Ténis Salomon XA Pro
Meias de Compressão Lidl
Corta Vento
Manta de sobrevivência
Apito
Buff
Cinta lombar ( as minhas costas estão a ceder)
Camelbag
Mochila
Manguitos
Camisola Comprida
Camisola Curta
Creme Nívea
Vaselina
Bfufen
Anti ácido
Gel energético
Figos secos
Recovery
Bastões
Relógio
Telemóvel
Alfinetes
Óculos
Frontal ( Just in case)

Até Já!

sexta-feira, novembro 15, 2013

MEMÓRIAS...

Campeonato Nacional de Corridas de Aventura 


Corrida dos Sinos

Machada Runners
Macahada Runners II
PCGC
Arrábida - Serra do Louro
Corrida de Aventura Montealegre
Passeios do Zen - Serra da Arrábida

Lagoa de Albufeira
Lagoa de Albufeira

Maratona Carlos Lopes
Maratona de Lisboa
Orinetação BTT - Sines
4 Horas de Resistência - Monsanto
Triatlo de Cascais
Treinos Sintra- Cabo da Roca- Sintra
Cabo da Roca
Sintra
Dorsal do Ironman de Ibiza
Triatlo de Campomaior
Traitlo de Cascais
Chegada do Ironman de Ibiza

Duatlo de Estremoz


Maratona da Arrábida
Traitlo do Fundão
Passeios do Zen - Palmela

À VOLTA DO SANTIS ( PARTE I)

Como o planeado saí de Konstanz para passar uns dias com um amigo nos arredores do cantão suiço de Sankt Gallen. Não tinha...