sexta-feira, abril 08, 2016

ALMOUROL 2014

Descobri este texto nas "memórias do facebook", acho que não o postei aqui. Os tempos agora são muito diferentes. Tenho uma hérnia discal, estou de baixa há mais de um mês e não treino vai para muito tempo. A operação cirúrgica está eminente e estas actividades, de maior impacto como o Trail, farão inevitavelmente parte do passado. Recordemo-lo...

"Nada de fotografias por favor", o gesto e a expressão pouco amigáveis, parecem o de uma vedeta surpreendida por um paparazzi indiscreto. Não foi nada disso, em legenda, caso não tenham reparado está escrito: " qualquer semelhança com a realidade é pura ficção". A outra "realidade" é que no momento desta fotografia estava certamente no primeiro terço do pelotão usando a minha habitual estratégia de "trás para a frente, a mesma "ficção" foi achar que podia durante 44km manter-me assim. Trocando isto por "miúdos": a partir dos 30km "dei o berro", "finito", "kaput", acabou-se o "combustível", "morri"! Renasci, mas ainda com os pés "prá cova" lá para os trinta e tal quilómetros, não com os dois "gel energéticos" que engoli ao longo do percurso, mas só depois de encontrar uma fonte no meio da floresta para me refrescar e meditar acerca, não do "sentido da vida", mas do significado de estar ali depois de 16 horas de trabalho ininterrupto com duas horas de sono mal dormidas e pensar que me faltavam mais 16 horas de trabalho e uma noite em branco depois de acabar aquele empeno. Conclui: só podia ser um tolo e nem precisava de "papa e bolo" para estar naquele rebanho. Depois da minha longa paragem, esta foi a quarta ultramaratona no espaço de 6 meses, nada mau para quem parou durante tanto tempo. Mas o sofrimento ainda é demasiado para ser convertido em "prazer" ( isto parece uma frase de um masoquista refinado smile emoticon, mas quem gosta de longas distâncias sabe do que estou a falar. Seguem-se os 100km de Portalegre em Maio, seduzido pelo desafio e pela beleza da Serra de São Mamede ( conversa de masoquista refinadíssimo). Acerca dos "Trilhos de Almourol", apesar da boa organização não fiquei "cliente" da prova. Ah, já me lembro do que disse ao fotografo: " quando quiser que o seu filho coma a sopa, mostre-lhe uma fotografia minha a fazer uma prova de trail".

sexta-feira, março 18, 2016

BOLETIM CLÍNICO

E o "cenário" é este ao fim de duas semanas de sofrimento muitas horas de urgências hospitalares e drogas em "overdose". Vai levar mais algum tempo até estar recuperado para um dia-a-dia normal, mas há mudanças de hábitos a fazer e terapia, holística sobretudo!

Um fonte acerca do problema: aqui

domingo, fevereiro 21, 2016

NOTÍCIAS

Diagnóstico: Hérnia inguinal (pequena ainda). Causa: rompimento dos tecidos pélvicos por esforço abdominal. Tratamento: cirurgia com prazo de recuperação até 3 meses.
Decisão: começo amanhã com pequenos esforços e depois logo se vê. Se conseguir levar uma vida normal com algum condicionamento físico ( natação, reforço muscular, bicicleta) é adiar a intervenção médica até não poder mais

terça-feira, fevereiro 09, 2016

SE CÁ NEVASSE FAZIA-SE CÁ SKI


Zé Neves a fazer SKU desde 2010 (sempre a descer)!



"Sebastião cá voltasse
Se a moleza se cansasse
Se o Eusébio 'inda jogasse
Ai que fintas que ele faria um dia...

Se o imposto não subisse
Se o emprego não fugisse
Se o presidente sorrisse
Outro galo cantaria um dia...

Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se...fazia-se...

Há sempre um "se" no caminho
Que me deixa as mãos tão presas
Se eu cortasse o "se" daninho
Talvez me livrasse das incertezas...

Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se...fazia-se..."

terça-feira, janeiro 19, 2016

PORTO DE MEMÓRIAS - MARATONA DO PORTO 2016






Bem, isto parece estranho para quem está como eu a fazer projectos de reforma das corridas e afins. Neste momento, uma boa aula de RPM ou Pilates seguida de umas braçadas na piscina do ginásio e também alguns exercícios de musculação "enchem-me as medidas". Claro que não dispenso o convite de um amigo para ir fazer águas abertas, uma volta de bicicleta de estrada ou BTT, dar umas pagaiadas ( aqui já é mais difícil encontrar quem queira), fazer uns trilhos a pé de máquina fotográfica em punho e sempre uma, mesmo que doa a valer, Corrida de Aventura, mas treinar para uma maratona de estrada com a motivação de estar à hora e data marcada no meio de uma multidão excitada a cheirar a "bálsamo para aquecimento dos músculos" e suor mascarado com "axe" , com olhos fixos no relógio como se fosse um terço, de facto, não parecia não estar mais nos meus horizontes. Enganei-me.
O pretexto, digo agora eu, para visitar uma cidade da qual gosto muito, o Porto foi inscrever-me na sua maratona, prova que já corri no longínquo ano de 2007. Podem dizer: "pretexto"?! Sim!É que ir ao Porto sem "motivo" não é a mesma coisa que dizer: "vou ao Porto fazer uma maratona e aproveito para matar saudades da Ribeira e de uma francesinha, daquelas que só no Porto é que sabem à coisa "original". Além disso, a corrida é uma forma de ver uns recantos da cidade que de outra forma seria mais demorada visitar, uma espécie de "instantâneo" a 6min/ por Km. 
Mas não é só isso que me faz voltar a esta cidade, por lá ( no Porto) tenho memórias da minha juventude ( umas mais saudáveis que outras). Lembro-me depois de uma excursão à "Citânia de Sanfins" no meu 11º ano de escolaridade, ter ficado alojado no Porto aproveitando para comer caldos e vinho verde até "sair pelas orelhas", na companhia do "chanfrado" Ziggy ( por onde andará este gajo agora? A última vez que soube dele tinha mulher e filhos holandeses). Penso também na Isabelinha, uma das minhas mais "curtidas" namoradas da adolescência, que um dia amei livre numa madrugada morna de verão nas cascatas de Milfontes e que agora imagino deva ser uma "vivida" cinquentona a governar os negócios de mobiliário da família ou realizando o papel de antropóloga que já preparava na Universidade de Lisboa nos anos em que ainda fomos conversando aqui por baixo. Ou na Mizé, solitária, afável, com os seus reconfortantes "chazinhos Zen" e sugestões de ternura "lúbrica" na sua casa ali para os lados das Antas e que certamente desiludi ao não corresponder, talvez por tão ter os "predicados" da minha nortenha paixoneta de verão, nem outras que pulsassem a libido de um ex-soldado devolvido à liberdade aos 21 anos. Isso passou-se em 88 quando após 16 longos meses de "serviço militar obrigatório", "mudei-me " do Barreiro para uma pensão da baixa do Porto e fui vender umas bugigancas que chamávamos "artesanato" na Rua de Santa Catarina durante a época natalícia ( naquela altura as "lojas dos 300" não existiam). O "lucro do negócio"dava-me para comer nos então bons, baratos e fartos restaurantes do Porto e beber copos até "cair de cú" na "ribeira", no"Industria" ou mesmo nas "afamadas" discotecas do "Centro Comercial Dallas", onde me tornei "persona non grata" com o Tó Russo e o Zé. Não porque tivéssemos violado as "regras da etiqueta" ( nem sei se os meus ténis tinham "marca", mas desconfio que eram "marca c."), mas porque o "etílico" dava-nos para coisas do "arco da velha", como mandar beijos às betas da Boavista... só que com os seus "Bruces Springtines" ao lado. A coisa esteve mesmo feia, três tipos do Barreiro à solta naqueles tempos, eram uma versão ligeira dos "irmãos Cavaco", de norte a sul a populaça tremia de terror com estes "cavaleiros do subúrbio". Nós fazia jus à fama, diga-se!
Mais tarde, já casado e pai de filhos, atleta de duatlos e triatlos que corriam o país lés a lés e após um corre/pedala/corre que fez "piscinas" na Avenida da Boavista, por razões"xenofobas" que penso tinham como motivo uma radical "ideologia futeboleira", um empregado de mesa do conhecido café Luso não nos serviu uma francesinha afirmando que: "os de Lisboa têm a mania que são melhores que os outros...". "Eu que nem sou de Lisboa ó morcon"
O Porto é sempre aquela sensação de estar num outro país "cá dentro": os cheiros, as pessoas, as casas, os majestosos cafés ( entre eles o Majestic), os azulejos da Estação de S. Bento e até o Douro, "amostra" do "meu" Tejo me parece terno, acolhedor, fazendo fluir alegremente o "barco" das minhas memória, onde ainda a Isabel, de pele tostada da cabeça aos pés ( da cabeça aos pés sim!) partilha comigo o eterno "leme" da fantasia púbere.
Maratona do Porto 2016, aqui vou eu!

http://trilhosmiticos.blogspot.pt/2007/10/maratona-do-porto-melhor-maratona_25.html

sexta-feira, janeiro 01, 2016

MERGULHO DE ANO NOVO 2016



Mais um ano se foi e outro começa. Que tenha mais dias felizes que 2015! Afectos, projectos, aventuras e claro, muito desporto!
Hoje em Sesimbra, num dia de chuva, sem frio e com o mar a 14º fomos 13 os que decidiram "renovar-se" para 2016 com um mergulho de mar. Destes, 5 valentes entre 3 e os 13 anos experimentaram as águas agitadas da Praia do Ouro, a Laurinha ( na foto em baixo) a mais jovem do grupo, ficou-se por um "lava pés".
Um ano desportivo a todos os seguidores do "Trilhos"

REGRESSA AO LUGAR AONDE FOSTE FELIZ

  É bem provável que já não encontre ninguém por aqui, naquilo que há uns anos chamávamos de "blogoesfera". A blogosfera era uma e...