domingo, fevereiro 21, 2016

NOTÍCIAS

Diagnóstico: Hérnia inguinal (pequena ainda). Causa: rompimento dos tecidos pélvicos por esforço abdominal. Tratamento: cirurgia com prazo de recuperação até 3 meses.
Decisão: começo amanhã com pequenos esforços e depois logo se vê. Se conseguir levar uma vida normal com algum condicionamento físico ( natação, reforço muscular, bicicleta) é adiar a intervenção médica até não poder mais

terça-feira, fevereiro 09, 2016

SE CÁ NEVASSE FAZIA-SE CÁ SKI


Zé Neves a fazer SKU desde 2010 (sempre a descer)!



"Sebastião cá voltasse
Se a moleza se cansasse
Se o Eusébio 'inda jogasse
Ai que fintas que ele faria um dia...

Se o imposto não subisse
Se o emprego não fugisse
Se o presidente sorrisse
Outro galo cantaria um dia...

Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se...fazia-se...

Há sempre um "se" no caminho
Que me deixa as mãos tão presas
Se eu cortasse o "se" daninho
Talvez me livrasse das incertezas...

Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se cá ski...
Se cá nevasse fazia-se...fazia-se..."

terça-feira, janeiro 19, 2016

PORTO DE MEMÓRIAS - MARATONA DO PORTO 2016






Bem, isto parece estranho para quem está como eu a fazer projectos de reforma das corridas e afins. Neste momento, uma boa aula de RPM ou Pilates seguida de umas braçadas na piscina do ginásio e também alguns exercícios de musculação "enchem-me as medidas". Claro que não dispenso o convite de um amigo para ir fazer águas abertas, uma volta de bicicleta de estrada ou BTT, dar umas pagaiadas ( aqui já é mais difícil encontrar quem queira), fazer uns trilhos a pé de máquina fotográfica em punho e sempre uma, mesmo que doa a valer, Corrida de Aventura, mas treinar para uma maratona de estrada com a motivação de estar à hora e data marcada no meio de uma multidão excitada a cheirar a "bálsamo para aquecimento dos músculos" e suor mascarado com "axe" , com olhos fixos no relógio como se fosse um terço, de facto, não parecia não estar mais nos meus horizontes. Enganei-me.
O pretexto, digo agora eu, para visitar uma cidade da qual gosto muito, o Porto foi inscrever-me na sua maratona, prova que já corri no longínquo ano de 2007. Podem dizer: "pretexto"?! Sim!É que ir ao Porto sem "motivo" não é a mesma coisa que dizer: "vou ao Porto fazer uma maratona e aproveito para matar saudades da Ribeira e de uma francesinha, daquelas que só no Porto é que sabem à coisa "original". Além disso, a corrida é uma forma de ver uns recantos da cidade que de outra forma seria mais demorada visitar, uma espécie de "instantâneo" a 6min/ por Km. 
Mas não é só isso que me faz voltar a esta cidade, por lá ( no Porto) tenho memórias da minha juventude ( umas mais saudáveis que outras). Lembro-me depois de uma excursão à "Citânia de Sanfins" no meu 11º ano de escolaridade, ter ficado alojado no Porto aproveitando para comer caldos e vinho verde até "sair pelas orelhas", na companhia do "chanfrado" Ziggy ( por onde andará este gajo agora? A última vez que soube dele tinha mulher e filhos holandeses). Penso também na Isabelinha, uma das minhas mais "curtidas" namoradas da adolescência, que um dia amei livre numa madrugada morna de verão nas cascatas de Milfontes e que agora imagino deva ser uma "vivida" cinquentona a governar os negócios de mobiliário da família ou realizando o papel de antropóloga que já preparava na Universidade de Lisboa nos anos em que ainda fomos conversando aqui por baixo. Ou na Mizé, solitária, afável, com os seus reconfortantes "chazinhos Zen" e sugestões de ternura "lúbrica" na sua casa ali para os lados das Antas e que certamente desiludi ao não corresponder, talvez por tão ter os "predicados" da minha nortenha paixoneta de verão, nem outras que pulsassem a libido de um ex-soldado devolvido à liberdade aos 21 anos. Isso passou-se em 88 quando após 16 longos meses de "serviço militar obrigatório", "mudei-me " do Barreiro para uma pensão da baixa do Porto e fui vender umas bugigancas que chamávamos "artesanato" na Rua de Santa Catarina durante a época natalícia ( naquela altura as "lojas dos 300" não existiam). O "lucro do negócio"dava-me para comer nos então bons, baratos e fartos restaurantes do Porto e beber copos até "cair de cú" na "ribeira", no"Industria" ou mesmo nas "afamadas" discotecas do "Centro Comercial Dallas", onde me tornei "persona non grata" com o Tó Russo e o Zé. Não porque tivéssemos violado as "regras da etiqueta" ( nem sei se os meus ténis tinham "marca", mas desconfio que eram "marca c."), mas porque o "etílico" dava-nos para coisas do "arco da velha", como mandar beijos às betas da Boavista... só que com os seus "Bruces Springtines" ao lado. A coisa esteve mesmo feia, três tipos do Barreiro à solta naqueles tempos, eram uma versão ligeira dos "irmãos Cavaco", de norte a sul a populaça tremia de terror com estes "cavaleiros do subúrbio". Nós fazia jus à fama, diga-se!
Mais tarde, já casado e pai de filhos, atleta de duatlos e triatlos que corriam o país lés a lés e após um corre/pedala/corre que fez "piscinas" na Avenida da Boavista, por razões"xenofobas" que penso tinham como motivo uma radical "ideologia futeboleira", um empregado de mesa do conhecido café Luso não nos serviu uma francesinha afirmando que: "os de Lisboa têm a mania que são melhores que os outros...". "Eu que nem sou de Lisboa ó morcon"
O Porto é sempre aquela sensação de estar num outro país "cá dentro": os cheiros, as pessoas, as casas, os majestosos cafés ( entre eles o Majestic), os azulejos da Estação de S. Bento e até o Douro, "amostra" do "meu" Tejo me parece terno, acolhedor, fazendo fluir alegremente o "barco" das minhas memória, onde ainda a Isabel, de pele tostada da cabeça aos pés ( da cabeça aos pés sim!) partilha comigo o eterno "leme" da fantasia púbere.
Maratona do Porto 2016, aqui vou eu!

http://trilhosmiticos.blogspot.pt/2007/10/maratona-do-porto-melhor-maratona_25.html

sexta-feira, janeiro 01, 2016

MERGULHO DE ANO NOVO 2016



Mais um ano se foi e outro começa. Que tenha mais dias felizes que 2015! Afectos, projectos, aventuras e claro, muito desporto!
Hoje em Sesimbra, num dia de chuva, sem frio e com o mar a 14º fomos 13 os que decidiram "renovar-se" para 2016 com um mergulho de mar. Destes, 5 valentes entre 3 e os 13 anos experimentaram as águas agitadas da Praia do Ouro, a Laurinha ( na foto em baixo) a mais jovem do grupo, ficou-se por um "lava pés".
Um ano desportivo a todos os seguidores do "Trilhos"

terça-feira, dezembro 22, 2015

ABUTRES 2016 - DAS QUATRO, TRÊS

Na edição de 2013

Abutres 2016 aqui vou eu! Na edição que a organização promete ser "épica" ( como se as outras não o tivessem sido) vou pela quarta vez para tentar acabar a terceira. No ano passado fiquei-me pelo abastecimento intermédio da Senhora da Piedade, não por falta de vontade de continuar, mas porque a organização não deixou passar ninguém acima da "caixa de tempo" das 5h30 neste controlo por razões compreensíveis de segurança dos atletas.


Depois do "floop" no Trail da Lousã em Outubro ( com estrondo!) e a "não comparência" no Trail do Zêzere", regresso às lides trailistas, novamente para acabar, provavelmente de rabiosque ainda pesado pela gula natalícia, mas melhor fisicamente, embora sem treino específico para a "coisa", ah, e na companhia do meu irmão, estreante nos Abutres, apesar do longo currículo em empenos e afins.

Bom Natal a tod@s!

terça-feira, dezembro 08, 2015

SUBAM LÁ ACIMA A IDANHA...



" Subam lá acima a Idanha
Até as silvas dão rosas..."


Esta fotografia é do tempo em que a equipa do CAB "comia CP´s ao pequeno almoço" e estava, como foi no caso do Estoril XPD de 2008, quase 60 horas em prova "como quem limpa o rabiosque a meninos" ( ou qualquer basófia do género, porque na verdade uma Corrida de Aventura com esta duração, são uns quantos "ironmans" ao quadrado). Os tempos agora são outros, não de tanto "comer" CP´s mas "comida portuguesa", há uns quilos a mais e os outrora "meninos(as), tornaram-se agora uns "quase" (para não ofender susceptibilidades), "curtidos" quarentões e cinquentões. Apesar destes avanços "históricos" ( coisas da imparável marcha do tempo), as Corridas de Aventura ainda contam com a presença do CAB e aqueles que teimosamente as organizam (com uma "overdose" de boa vontade) recebem a "equipa do Barreiro", sempre com uma "privilegiada" simpatia, que nós naturalmente esperamos retribuir.
Foi na certeza que as paixões nunca morrem ( apenas nascem outras) que subimos "lá acima a Idanha" pela terceira vez com esta equipa, onde afinal nem todas "as silvas dão rosas", mas quase, tal é a beleza da região beirã, que esquecermos os efeitos, sobretudo nas pernas e braços, desta planta espinhosa que por ali abunda. Como dizia ( e espero que com tantos "soluços" no texto, tenham a paciência de o ler até ao fim), o CAB chegou este Raid de Aventura de Idanha com o mesmo espírito das anteriores vezes em que por ali correu, pedalou e pagaiou: dar o "coiro e o cabelo" nas sete etapas da prova distribuídas pelo Sábado e Domingo, com Oripedestre, OriBTT, Canoagem, cordas e jogos tradicionais. Um belo "petisco" com aproximadamente 200km para 18horas de prova. No final esperava-nos um convívio almoço com distribuição de prémios, "brinde" a que as boas organizações da ADFA ( Associação dos Deficientes das Forças Armadas) nos habituaram há muito.
Vamos à prova: fomos os quatro com a intenção de ficar um na assistência e os restantes a "curtir" o mapa. No entanto o "figurino" desta CA tinha apenas dois escalões, o de Promoção, que reduz distâncias e duração para permitir a captação de novos "aventureiros" e o de Aventura, para os mais experientes ( no tempo em que as CA´s estavam em "grande", havia ainda o da "elite masculina" e "mista" e estes obrigavam a que os elementos estivessem sempre em prova, eram portanto os escalões mais competitivos). Nos regulamentos actuais o escalão de "Aventura" têm dois elementos em prova e um na assistência, podendo a equipa trocar de elemento em cada final etapa ou mesmo, no caso de etapas circulares como scores, jogos, cordas ou canoagem, implicar a participação dos três. No nosso caso, um dos elementos nada faria, enquanto os outros três alternariam no decorrer da prova. Pareceu-nos pasmaceira a mais, para gente que "comeu CP´s ao pequeno almoço" e propusemos à organização a constituição de duas equipas de Aventura, até porque, a etapas eram circulares ( começavam e acabavam todas no mesmo sítio) e por isso o problema da assistência, quando temos de levar a logística da equipa de um lado para o outro, estava resolvido com a permanência no mesmo local. E foi desta forma, com a "dolorosa" certeza que, ao contrário das outras equipas, teríamos um empeno "contínuo" pelos dois dias de prova, que partimos os quatro ( divididos em duas equipas) para a primeira etapa, uma Oripedestre que teve início na bonita localidade de Penha Garcia, zona por onde andaríamos até às 23hrs desse mesmo dia.
A zona de Penha Garcia revelou-se uma extraordinária surpresa. Declive quanto baste, beleza natural até ao "tutano"e horizontes que se estendiam da Serra da Malcata à da Gardunha no lado oposto. Da bonita etapa de Opedestre de aproximadamente 20km, saltamos para a etapa seguinte, uma OBTT com 43km a realizar na herdade do Vale Feitoso, palco do recente Campeonato da Europa de OriBTT, um quase Parque Natural que se estende dali até à fronteira espanhola e onde se avistam diferentes espécies animais selvagens, como cabras, veados e grifos. Seria, mas com mais árvores parecida com a paisagem da etapa anterior, em altitude, sobranceira sobre as bonitas planície beirãs e as suas aldeias e muitas serras até onde a vista alcança, as que já referi, mas também a Estrela e a Sierra Gata em terras de Espanha.
Para quem como eu ultimamente pedala pouco, mas sobretudo porque acusa mais desgaste ( a idade não perdoa) o BTT foi um etapa muito dura, sobretudo para as minha lombar que tratou de se queixar nas etapas seguintes, como foi o caso da de canoagem+ cordas+ score+ jogos tradicionais onde as actividades de cordas foram para esquecer. Este corpanzil, em condições, não se dá com escaladas e tirolesas, em estado de lombalgia em que me encontrava, muito menos, é um sofrimento! Fiquei-me só pelo Rappel, o meu irmão, rijo, pelo pleno. Fizemos ainda uns quantos pontos no score e a canoagem foi à vida, curiosamente uma das disciplinas onde habitualmente "estamos acima da média", má estratégia portanto, mesmo queixoso, tenho a certeza que íamos buscar mais uns CPs. A etapa seguinte, uma Opedestre de 12km tornou-se insuportável para mim, foi com uma grande alegria que a terminei, correr num terreno irregular, era coisa de masoquista.
Entretendo a noite caíra e com ela toda a região mergulhou no Inverno. Estava de facto frio, mas suportava-se com roupa quente, já passámos por muito pior com as "célebres" temperaturas negativas do XPD e de Chaves. Apesar do cansaço de um dia sempre em prova e da escassa alimentação, combustível necessário para estas coisas de "longa duração", o BTT seguinte de 37km ( na melhor opção entre todos os CP´s, distância que apenas as equipas que fazem o pleno cumprem) foi feito sempre a "abrir", e só não deu melhores resultados porque a pouca luz nas bicicletas não permitia "ver um boi" a 10 mts de distância. Lembrei-me das muitas etapas nocturnas que fiz nestas condições: frio, fome, cansaço, pés e corpo molhado e aquele pensamento negativo persistente, que estaria bem melhor debaixo de um duche quente, a comer uma iguaria qualquer e/ou deitado na minha cama confortável. Mas o que é que me faz regressar ao que até parece não me fazer feliz? É precisamente compreendendo que este é um ingrediente fundamental para entender essa mesma felicidade! É isso que me faz voltar! É entre outras coisas ( que não interessa agora estar a racionalizar), o pedalar de noite sob um céu infinitamente estrelado a ouvir os misteriosos e sábios murmúrios da natureza e respirar um ar tão puro que ferem os pulmões poluídos deste "animal urbano" há mais de quatro décadas. É qualquer coisa que recomendo, vivamente!
Depois de mais de 14 horas em prova e de um banho quente, "desliguei todos os circuitos" assim que puxei o fecho do saco de cama num pavilhão desportivo de uma escola de Idanha que mais parecia uma arca congeladora em ponto grande. O cansaço era tanto que, se no dia estivesse "congelado", não faria mal, pelo menos tinha dormido "a noite de justos".
Às 7h30 era a hora de começo da primeira etapa do dia seguinte, desta vez em Proença a Velha. Mantinha-se o modelo circular da prova do dia anterior e nós mantínhamos o "non stop", valentes! Uma Opedestre com 12km e uma OBTT com 26, fariam as mais de 17hrs de prova para as duas equipas do CAB que mesmo apesar de terem dois excelentes navegadores, não quiseram deixar de fazer o "brilharete" de rebentarem a última etapa, colocando-nos no fim da tabela classificativa ( os "dois excelentes navegadores" é mesmo a sério!). Nada que beliscasse a alegria de podermos estar de volta às Corridas de Aventura  e muito menos abalou a convicção de repetiremos estas "doses" devez em quando.
Mais uma boa organização da ADFA numa região onde tenho parte das minhas raízes familiares e aonde, cada vez que regresso, apetece-me ficar mais ainda.
Até breve!

REGRESSA AO LUGAR AONDE FOSTE FELIZ

  É bem provável que já não encontre ninguém por aqui, naquilo que há uns anos chamávamos de "blogoesfera". A blogosfera era uma e...