quinta-feira, junho 10, 2010

O dia começa cedo.


Na Arrábida em 2006 com o dia a começar.

António e Ana, existem linguagens que só nós entendemos! Obrigado pelas vossas palavras.

O dia começa cedo. Há muitas coisas para fazer ao longo deste, será preciso arrumá-las para que não fique a sensação que somos derrotados pelo tempo. Uma delas é treinar para uma prova de 166km. Não se adivinha uma tarefa fácil, mas tenho de a levar a cabo. São 04h20m e já estou acordado, são 05h00 e já estou a treinar, objectivo, um treino pedestre com mais de 4h. Não defino muito o percurso, vou um bocado como gosto de ir, " ao sabor do vento". A zona que tenho para treinar, nas imediações da minha casa, é o espaço descontinuado entre a urbanização selvática e o que felizmente se protegeu desta.
Se escolhêssemos o "rio da nossa vida" eu escolhia o Tejo, todos os meus sentidos estão-lhe associados, faz parte da minha identidade e julgo que já da minha genética. O outro seria o rio da terra do meu pai, o Nabão, do qual guardo memórias felizes da infância.
Vou com duas horas de treino, primeiro junto ao rio, depois Dafundo, Cruz Quebrada e agora aproveitando o perímetro do Estádio Nacional (explorado tem bons trilhos para treinar).Ainda não vejo vivalma, sinto-me um bocado "único", oiço apenas carros, o rumor característico da cidade. 
Três horas de treino, cruzo a antiga "Pedreira dos Húngaros", um dos maiores e mais perigosos bairros de lata dos arredores de Lisboa nos anos 80 e 90, agora um descampado prestes a ser "invadido" por condomínios privados da classe média. Irrito-me com os muros, as grades, os sinais de "proibida a passagem". Antes, era recebido a tiro, mas progredia bairro acima, de vez em quando ainda conseguia beber uma cerveja e comer uns torresmos num bar "crioulo", agora não, não arrisco, ainda posso ser atingido por um segurança zeloso em "legítima defesa" pela "invasão da propriedade". Os "muros" culturais e sociais, deram origem... aos mesmos muros culturais e sociais, mas em tons cor-de-rosa.
Próximo das quatro horas de treino e depois de fazer a " Mata de Caselas" ( sobras de Monsanto), bebo um café no Hospital São Francisco Xavier. Reforço a ideia de que nos hospitais não há noites, toda a vida decorre como num longo dia.
Depois um salto à Decatlhon desbravando trilhos cortados por Autoestradas e IC´s e o regresso por Monsanto a casa onde chego com quase cinco horas de um misto de marcha/corrida ( mais da primeira). A perna dói-me, mas os alongamentos, água quente e uma massagem ajudaram a aliviá-la.
Esta semana depois de dois treinos de 2hrs de corrida, este pedestre, um curto de BTT e três de natação, encerrará amanhã com mais um longo de corrida. UTMB allez, allez!

 
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terça-feira, junho 08, 2010

Uma determinação do tamanho do Monte Branco


Fonte: UTMB


Caros amigos,
Obrigado pelas palavras que escreveram aqui, muito me sensibilizaram.

Pois é, voltei aos trilhos porque nem só de pão vive o homem ( só falo assim porque pertenço à parte do mundo que pode satisfazer outras necessidades que não as vitais). Eu, apesar do carrossel da vida com o seu vertiginoso quotidiano, nunca deixei de correr, pedalar e dar umas braçadas. Momentos houve em que pouca vontade tive de o fazer, mas lutei contra esse "comodismo" cerebral que nos está sempre a apontar o "caminho mais fácil" para a resolução de um dilema. Em tempos e durante uma fase má na vida, lembro-me de correr várias vezes com um nó na garganta, contrariando um corpo que em obediência ao cérebro queria deitar-se e nunca mais se levantar. Nos dias que correm, tenho os "altos e baixos" de sempre, mas tenho igualmente a determinação de sempre! E ainda, nos dias que correm e outros que já correram ( vai para 1 ano) tenho uma lesão na perna que faz estremecer a vontade e ir pelo atalho da preguiça. Estremece.... como já disse, não cai! Voltei a correr, tenho Ultratrail do Monte Branco para fazer,166km e mais de 9000mts de desnível para vencer e tenho uma determinação tão grande que já está a cortar a meta!
Até breve.

quarta-feira, abril 21, 2010

ATÉ BREVE


Não tem sido o meu blog mais conseguido. O Homem da Maratona foi-o, mas foi "deletado" num acesso fugaz de fúria por ter trilhado caminhos que considerei não estarem de acordo com os objectivos da sua criação. Hoje estou arrependido da sua prematura "morte" ( com 1 ano atingiu na altura mais de 7000 visitas).
 Nasceu depois aqui o "trilhos", com a vontade de dar asas à escrita e à memória das aventuras que tanto sentido dão aos meus dias. No entanto, nunca teve a vivacidade do anterior por motivos que contrariam o óbvio ( a sinceridade é assim). Em tempos quase foi vítima da mesma emoção destrutiva, salvou-se, está novamente, diria, em estado "vegetativo". Pondero se valerá a pena insuflá-lo de vida ou deixá-lo na eternidade do universo virtual, pontualmente encontrado por quem navega na busca de uma palavra ou imagem que lhe sirva como "interesse". Quem sabe se num futuro mais distante seja gratamente recordado e elevado à categoria de algo com interesse histórico ( é a vantagem dos objectos ante os sujeitos se bem que este desejo tem a presunção de um mortal quando julga que só ele na natureza tem direito ao divino).
Até sempre.
Abraços.

PS . Inspirei-me no botão do "desligar" do blog do AB Tartaruga.

domingo, abril 04, 2010

CRÓNICA DO MIUT NO FÓRUM O MUNDO DA CORRIDA EM 2009

Estava a ler o Fórum O Mundo da Corrida e um bocado inesperadamente dei com o que tinha escrito em 2009 acerca do Madeira Ultra Trail Island. Apeteceu-me "colá-lo" aqui.

Olá a todos.


Depois de tratadas as bolhas e a preguiça, aqui estou para escrever algumas linhas acerca do MIUT 2009.


Em primeiro lugar quero reafirmar que o que é nacional é bom ( as massas também ;-)! Este ano assistimos a alguns bons eventos de trail nacional, se investirmos com a nossa participação eles certamente que crescerão tornando-se ainda melhores. Só temos vantagens em "ir para fora cá dentro" ( julgo que me estão a perceber...), é bom, mais barato e valorizamos o que é nosso!


Em segundo, o MIUT teve uma organização que pela sua excelente qualidade global merece que se perdoem algumas pequenas falhas que julgo serão corrigidas numa futura edição. Isto porque a organização soube na altura certa ouvir as críticas dos participantes, e quem sabe ouvir, sabe fazer melhor!


Em terceiro, a chamada "Pérola do Atlântico" ( Ilha da Madeira) faz juz do apelido, cada quilómetro mesmo desde duro trail é feito com o prazer de se estar a percorrer um património natural de inigualável beleza e com uma excelente conservação dos trilhos e das heranças do passado. Palavras para quê, vão até lá.


Com isto tudo até parece que estou comprometido com a organização ou com a região de turismo da Madeira, mas não, o meu único compromisso é de alguma forma transmitir-vos o que vivi e possibilitar através da minha experiência outras.

Vamos a alguns pormenores...


Secretariado, transportes de atletas, convívio inicial ( em conjunto com o aniversário do observatório de Porto Moniz), marcação de percurso diurno e nocturno, percurso, simpatia e disponibilidade e assistência aos atletas na grande maioria dos elementos do Clube de Montanha do Funchal, abastecimentos, locais de abastecimento ( espero não ter esquecido nada), foram aspectos que estiveram muito bem, o que demonstra uma organização que esteve no terreno, que conhece a modalidade e se mobilizou para bem receber todos aqueles que quiseram descobrir o MIUT09, parabéns!


Menos conseguido esteve a questão dos "cut offs", a meu ver demasiado apertados para os atletas mais lentos, a distância mal medida em algumas das etapas finais, sobretudo entre o 8º e 9º CP´s e a alteração do regulamento no final da prova que classificou quem passou "fora de tempo" ou chegou além da hora limite de prova ( eu incluído). Esta benevolência talvez se tenha ficado a dever aquilo que acabei de enunciar,mas pronto, "tudo está bem quando acaba bem" e o futuro certamente irá reservar-nos finais ainda mais felizes.
Relativamente à minha participação, reservo pormenores para o meu blog, mas deixo aqui um esboço.


Sexta-feira, eu e a equipa estudamos a táctica durante uma massada de bacalhau regada com um " Coral Tónica" na Pousada da Juventude de Porto Moniz. De tarde relaxamos com uns mergulhos nas piscinas naturais da cidade e ganhamos reservas com uns croquetes e bolo de mel no beberete da organização ( os elementos masculinos exercitam também uma zona do cérebro olhando para uma bonita e sensual madeirense que por ali esvoaçava). Regressamos ao Machico na galhofa ( a boa disposição ajuda à digestão).


Sábado, o despertador toca depois de 3 horas de mau sono. O primeiro pensamento é " onde é que me vim meter, não treinei para isto". Resignado avanço para o transporte que nos leva a P. Moniz.


Partimos... um café aberto, ufa, vou matar o vício. Sou o último e lá vou apanhando os lentos na subida posicionando-me com aqueles com quem fiz a maior parte da prova...


( continua, agora vou apanhar fresco na varanda).

II PARTE


A 1ª parte da prova tem uma subida muito inclinada até deixarmos as belas vistas de Porto Moniz e a imensidão marítima que a abraça. A partir dai, um pouco de estrada e depois o contacto com a 1ª levada. Os trilhos paralelos a estes cursos de água feitos pelo homem são fantásticos. Vou com o meu grupo, ou um pouco mais à frente sozinho. Ora ultrapasso ora sou ultrapassado pelos mesmos rostos, uns mais simpáticos e descontraídos, outros mais concentrados na competição. Paro frequentemente e tiro fotografias, dá-me um certo gozo ir ali um pouco ao sabor do meu ritmo a fazer uma prova descomprometida. Sei que não estou em forma e por isso nada de loucuras, fruir do espaço e chegar ao fim são os grandes objectivos.



A partir do CP da Encumeada começa a Encumeada, o trilho mais difícil e técnico do MIUT até ao Pico do Ruivo. Agora estou com o Rui Marques e o Duarte e vamos progredido entre muitos dedos de conversa que ajuda a aligeirar o esforço de percorrer centenas de escadas assimétricas que descem e sobem entre cumes. Vou observando uma paisagem de altitude que me deixa perplexo pela sua dimensão e profundidade. Observo um mar de nuvens a norte num horizonte que parece infinito e que me remete para as fotografias que vejo frequentemente das expedições ao Tibete que tanto admiro. A sul a povoação de Curral das Freiras emparedada pela altivez da rocha que a circunda e imersa numa ligeira penumbra que acentua a quietude do espaço.


Tivemos sorte, o dia foi fantástico com sol, boa temperatura e sem muito nevoeiro. Chegamos ao Pico Ruivo de noite. Encontro a Analice com quem já me havia cruzado noutros CPs, está desesperada. Não tem luz e a organização impediu-a de continuar em prova. Empresto-lhe o meu 2º frontal, ao qual mudo as pilhas explicando-lhe o seu funcionamento. Parte feliz e ligeira, que mulher corajosa!Quase a 1700mts de altitude e em trilhos que exigem apuro técnico e com 78km nas pernas, eis que esta senhora de 64 anos se lança ao desafio com uma determinação exemplar. A senhora não tem ainda uma idade profética, mas se todos nós com esta idade fizermos o que ela faz... os nossos netos vão adorar ter um avozinho radical e os nosso filhos vão andar com o coração nas mãos, ehehehe.


O trilho do Pico do Ruivo ao Areeiro é fabuloso. Está uma lua cheia que quase dispensa a utilização do frontal nas vertentes que ilumina. Cá mais em cima muito vento que nos obriga a agarrar à balustrada para não cairmos no abismo, uma visão de cortar a respiração e a sensação de ter conquistado o 3º ponto mais alto de Portugal ( continental e insular). Aqui sinto-me já cansado e a impressão que os pés não estão bem começa a afectar-me, mesmo após ter trocado de meias 2 vezes.


"Conquistado" o Pico do Arreiro ficam a faltar pouco menos de 30km, agora a descer. Parece fácil, mas não é. As bolhas que tenho na planta dos pés junto aos dedos pioram a descer. Começo a ter ser dominado pelo terrível pensamento de "isto nunca mais acaba". A ajudar a isso, estivemos de acordo em que houve etapas esticadas e por isso estávamos a fazer mais uns quilómetros extra. Na etapa final quebro definitivamente com dores nos pés, tornaram-se insuportáveis sobretudo a descer. Tenho a companhia da Esmeralda que está na mesma. Na última grande descida que além de inclinada estava cheia de obstáculos, levamos uma eternidade. Com isto atrasamos o grupo que pacientemente esperou por nós. Tínhamos ainda pela frente uma levada que circundava toda a zona Machico. Amanheceu ai, num trilho que parecia não ter fim. De repente todos tomamos consciência que estávamos em o risco de não concluir dentro do tempo limite ( que raio tínhamos entrado em todos os cut-off com larga margem e agora...). Começaram todos a correr, excepto eu, não dava mais, os meus pés escaldavam, deviam estar uns "trambolhos". A Esmeralda um pouco mais à frente, também estava em sofrimento. Os outros seguem e desaparecem depois duma descida que não lembra o diabo e que nos fazia sentar a cada passo. Dava vontade de rebolar por ali a baixo para não termos de assentar os pés nós chão. A Esmeralda trazia no rosto alguma desilusão, a prova tinha-lhe corrido bem, mas os pés traíram-na. O UTMB, o seu projecto de 2010 estava agora longe. Eu estava igual, mas talvez um pouco mais desligado da realidade. Só pensava que tinha acabado de atravessar a Madeira de lés-a-lés e que me apetecia um bom pequeno almoço inglês e um sono que não tinha há largas horas.


Bem espero que os erros não tenham sido muitos.


Parabéns aos meus companheiros de aventura mais próximos, Rui, Esmeralda, António e Angêla e também ao Duarte que nos "traiu" e fugiu na última etapa.






Abraços

quinta-feira, março 25, 2010

Taça de Portugal de Corridas de Aventura 2009/10 II Raid "Pelos Caminhos da Egitânea"




Taça de Portugal de Corridas de Aventura 2009/10
II Raid "Pelos Caminhos da Egitânea"

Decorreu na região de Idanha nos dias 20 e 21 de Março a 3ª prova da época 2009/10 da Taça de Portugal de Corridas de Aventura organizada pela ADFA e FPO. O CAB- SUPERBIKES esteve presente no escalão de elite com os atletas Ângela Cruz, Esmeralda Câmara, José Neves e António Neves, disputando a sua segunda participação nesta temporada. A leitura antecipada do Raidbook não advinhava facilidades para as 33 equipas em competição, pois eram esperados mais de 200km multidisciplinares, sobretudo orientação pedestre - 74km, e em BTT -156km, mas também actividades de cordas, natação e canoagem.
A prova começou com 12km pedestres circulares à localidade do Rosmaninhal e o CAB-SUPERBIKES entrou determinado em fazer jus do seu valor demonstrado em épocas anteriores. Apesar de um pequena desconcentração de inicio, fruto do habitual esforço para "entrar bem no mapa" que nos fez perder alguns minutos, a equipa realizou os 5 CPs da etapa dentro do tempo previsto, partindo para a etapa seguinte composta por 46km de BTT.
A altimetria da prova não denunciava as dificuldades de um terreno pesado pela chuva que caíra nos dias/meses anteriores à prova nem o sobe e desce constante, o chamado pela gíria desportiva como "rompe pernas" pela sucessão continua de subidas e descidas. Apesar do BTT ser das disciplinas mais fortes do grupo, a aposta em fazer a totalidade dos CPs, gorou-se por segundos fruto do desgaste inesperado pelos factores que foram referidos. Esta contrariadade não abalou a equipa que seguiu para a que podia ser considerada a "etapa decisiva", uma pedestre de 42km e 14CPs. A paisagem de montado e a razoável rede de caminhos pareciam ser favoráveis para que as equipas pudessem rolar rápido, contudo algum desnível e sobretudo a longa distância da etapa, impunham uma boa estratégia de navegação e gestão do esforço. O CAB-SUPERBIKES conseguiu unir esses factores, mas teve contra o facto de estar a partir atrasado nas etapas, encurtando o tempo disponível para "atacar" CPS e o défice físico de alguns atletas que acusaram uma época de lesões e menor preparação. Esta dura etapa "rendeu" 10Cps, seguia-se a última etapa do dia, um BTT nocturno de 62km que entrava em discussão para qual seria a "etapa decisiva" da prova.
Debaixo de uma forte chuva, com trovoadas e relâmpagos que iluminavam de forma súbita uma noite de breu, conferindo ao desafio, mais dureza, mistério e beleza, esta etapa trouxe à tona as dificuldades físicas acumuladas ao longo dia. Problemas esses que se foram superando pela experiência e entreajuda da equipa, mas que constituíram um obstáculo para recuperar o tempo que já vínhamos a perder ao longo de toda a prova. Dos 16CPs possíveis ( 1 CP duplo) a equipa realizou 9 Cps, chegando à 01h00 debaixo de um autêntico "dilúvio" ao santuário da " N. Srª. do Almordão" perto de Idanha-a-Nova. Em circunstâncias normais, a equipa estaria em condições de realizar mais 3Cps neste mapa, contudo é aqui que reside a chave das Corridas de Aventura, as muitas variáveis competitivas em jogo aliadas às competências multidisciplinares dos atletas, pontêncial físico, gestão de equipa, estratégia e claro também os factores considerados como "inesperados", são os ingredientes decisivos para se "chegar à frente". Não estávamos "cá atrás", mas tínhamos perdido o comboio dos lugares cimeiros, restava-nos lutar pela classificação "mista" ( elementos masculinos+femininos) no dia seguinte.
Com partida em Alcafozes, o dia começava ás 7h00 com uma etapa de 38Km de BTT com 11Cps. Quatro mapas distribuídos, dois para o percurso maior e outros dois para uma secção de ORI-BTT dentro da etapa que valia 3CPS. Estratégicamente optamos por fazer esta secção, considerando que podia ser uma vantagem competitiva pelas valências de alguns membros na disciplina. Não se revelou como tal, o terreno excessivamente pesado, cortado por linhas de água que frequentemente nos faziam atravessar com a bicicleta às costas, o relevo "rompe pernas" e o tempo disponível para a realização da etapa, cedo frustraram as nossas aspirações, amealhando "apenas" 6Cps. Seguia-se a penúltima etapa, um score 100 com multiactividades, entre elas rappel, natação e canoagem, realizadas em "descompressão" e que renderam 2Cps. Na entrada para a última etapa, sabíamos que pouco havia para decidir na classificação, ainda assim procurámos realizar os 4Cps da etapa e não fosse o alguma incongruência da organização em marcar os referidos Cps, esse objectivo tinha sido alcançado, o que premiaria todas as equipas que tiveram a ousadia de avançar pela antiga "via romana", primeiro num downhill técnico e depois num uphill de dificuldade muito elevada.
Concluindo: apesar deste aspecto menos conseguido, entre outros lapsos de menor importância a organização AFDA, esteve muito bem, oferecendo uma prova de elevando desafio físico e técnico. Quanto à nossa equipa CAB - SUPERBIKES classificou-se em 8º lugar no escalão de elite  que teve como vencedor o Exército 1, e foi ia 3ª equipa mista logo atrás do Exército 2 e  do ADA Desnível I.
Em Maio - Campeonato Nacional de Corridas de Aventura- esperamos estar mais fortes para mais um momento de desafio e aventura, convívio e sobretudo, amizade.

José Neves

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

AS DUAS ÚLTIMAS SEMANAS - O INVERNO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO.


Durante o "Quadriatlo Terra Livre" (natação, canoagem, BTT/orientação e corrida) - Lagoa de Albufeira 2008 - Antes da partida para o segmento de natação da esquerda para a direita - Fernando Feijão,Rui, Filomena, Ricardo, Pedro, Velez, Silva, A. Neves, Rui Marques, J. Neves, Ângela e Esmeralda.

" O Inverno do nosso descontentamento" a par de " Vinhas da Ira" do John Steinbeck fazem parte dos livros da "minha vida" ( o segundo para mim mais marcante que o primeiro).
Rebusco o titulo retirando-o da história do livro para que dê sentido ao que eu e muita gente tem vindo a sentir este inverno. Desgraças à parte, para quem gosta de fazer uns treinos fora de portas, sobretudo de bicicleta, isto está mesmo um "descontentamento". Raras são as vezes em que saio de casa para dar "umas pedaladas" e não comece a chover. Na corrida suporta-se, agora a treinar BTT é mais complicado, caminhos intransitáveis, roupa ensopada, frio, perde-se depressa a "pica". Salva-me a natação e as minha sessões tri-semanais.
De facto esta meteorologia deixa-me com uma lassidão que se não contrario, evolui para uma preguiça vegetativa perigosa. Estas duas últimas semanas são o exemplo disso, alternei fases regulares de treino com outras "mais para menos" ;-). Bem, além dos condicionalismos climáticos existem outros é claro, estes talvez até mais importantes como o trabalho a família e a "lesão de estimação" que tenho de avaliar correctamente, pois disseram-me os entendidos através da palpação da zona dolorosa que isto "deve ser uma fibrose". O facto é que esta mói, dói e chateia, chiça!!! Em resumo: continuo a rolar e a treinar para os objectivos de época; para já daqui a 3 semanas em Idanha ( TP CA ADFA) depois lá mais para Maio com o Camp. Nac. de Corridas de Aventura... buga!

1ª semana:

3x natação - aprox. 4000mts
2X BTT - aprox 90km ( metade do que na semana anterior)
1X Ginásio
2x corrida - 1h30/ outra 2h30 + 30m marcha ( a penar da perna)

2ª semana

3X natação - aprox. 4.500mts
1x BTT - 50km
1X Ginásio
2X Corrida - total 2h30
1X marcha - 3h30

Locais: Monsanto, Restelo, Passeio Marítimo Álges - Carcavelos, Arrábida Serras do Louro e S. Francisco, Lisboa by night ( com direito a uma cervejola na Trindade - treinar e beber uns copos 2 em 1 ;-).
Música: David Bowie, Bob Dylan, Humanos, Cocteau Twins.
Maleitas: Nádega/ perna/ quadril e joelho direito ( controlado com glucosamina)
Peso: a comer como sempre mas a "derreter" qq coisa.

Oração para fazer parar a chuva:

"Senhô meu Jesus, amado de todo meu coração, trago-vós. A chuva que vóis mandô, pra nós já chega, agora peço, peço pra vóis uns dias de sor pra tempero da chuva (pede-se o número de dias de sol que se quer: 10 ou 15) e depois o Senhô Amado meu Jesuis vós sabe do meu coração e eu não sei do coração de vóis, pela santa fé que tenho em vós, tenho certeza que vóis me favorece, por este meu pedido que peço pra vóis. Pelas dores de vossa mãi, pelo amô da Virgi Santíssima nossa soberana, pelo amô de vóis que este meu pedido será aceito que vóis está aqui no meu coração guardado e vóis me favorece Sinhô Deus de Misericordi."

In- Jangada Brasil Almanaque.

Ehehehehehehehe ;-)

REGRESSA AO LUGAR AONDE FOSTE FELIZ

  É bem provável que já não encontre ninguém por aqui, naquilo que há uns anos chamávamos de "blogoesfera". A blogosfera era uma e...