Atrás da máquina o camarada Álvaro, na fotografia o Mayer, eu e o Fernando Andrade, aqui a correr do lado de fora pois é o organizador da MMSJL há 36 anos.
A fotografia parece um postal antigo mas foi tirada no sábado passado. Ilustra parte do percurso da meia maratona que serpenteando entre montes e vales nos revelou a beleza da "zona saloia" e a efusiva simpatia dos "saloios"( Foto: Álvaro Costa)
Pois é, sete anos depois fui a uma corrida estrada, e que corrida! A segunda meia maratona mais antiga do país, é a grosso modo "BBB", ou seja é "boa, bonita e barata". Eu é nunca ali tinha ido, apesar dos 30 minutos que "gasto" de carro a partir aqui de casa ( Sintra - S. João das Lampas), como me arrependo... Para o ano conto repetir, se o meu patrão, os deuses do PDI e a falta de visto para viver e trabalhar num país desenvolvido deixarem ( ah, pois...)!
Organização, percurso, público, prémios, e, desculpem se me esqueço de alguma coisa, está muito próximo daquilo que se deseja numa festa da corrida para todos, não fosse o projecto e a execução desta "meia" uma "realização" de uma das referências do pelotão popular, o Fernando Andrade. Quanto ao resto que resta e por isso fica, é uma colecção de emoções e sentimentos próximo do que defino por "felicidade": a antiga camaradagem e amizade que o tempo não esbate, o prazer do convívio com os que partilham os mesmos gostos, as mesmas paixões, sintonia com o tal "sentido da existência", o respeito e admiração pela diferença e pelo esforço dos que estão "dentro" e sobretudo dos que estão "fora", o desafio que superamos e nos dá coragem para desafios maiores, na corrida mas sobretudo na vida e outras coisas que em reserva guardo para mim, até porque as palavras são palavras, servem apenas para "pôr em comum" e outras linguagens necessitam também de outras "circunstâncias", parecidas também com esta.
Forte e fraterno abraço aos amigos que me acompanharam ao longo do percurso ( suportando a minha tagarelice por duas horas): a Dina Mota, sempre a estabelecer pontes de carinho e atenção, sempre a reforçar bons sentimentos, ao Velez, que já começa a ser um "velho" camarada, porque o conheço vai para um bom par de anos, sempre presente, bom de conversa e assunto, um lutador que não deixa os amigos morrerem no "campo de batalha". Abraço também aos estimados veteranos, Fernando Andrade, Mayer Raposo e Álvaro Costa, pessoas com quem tive a sorte de me cruzar na vida e com eles aprendi a ver melhor os horizontes desta. Ao Tigre, que me trouxe quase "ao colo" de volta para os treinos e me apresentou os PR, com quem agora treino perto de casa e me motivo para mais desafios, aos reencontrados "Machada Runners" com quem treinei durante uns tempos na Mata da Machada no Barreiro até começarem a ter um "andamento de outro planeta", muito por culpa minha que não me "especializei" na corrida, mas também por ter mudado de malas e bagagens para a margem norte do Tejo, o António Soares, a Chantal e o Jaime, e muitos outros com quem apenas troquei breves palavras ou gestos e por isso não figuram no mesmo grau de importância neste texto ( Abraço Ana Pereira, Paulo Fernandes, João e alguns PR´s e, claro, algumas das "minhas" Lebres).
O "day after" é que não foi fácil, uma crise de lombalgia ( acidentes antigos, o peso, a idade e o alcatrão que não é o ambiente mais saudável para correr) obrigou-me a estar na horizontal grande parte do dia, afastando-me dos bonitos concertos do "Out Jazz" ao Domingo em Lisboa. Esta sensação de estar "partido em dois" e as pernas doridas por uma distância que há muito não fazia, apenas me permitiram recuperar com uma sofrida caminhada de 1 hora de manhã, "sugerindo-me" a sensatez de descansar ontem. Hoje, francamente mais "desempenado", já pude vir de bina para o trabalho ( como faço a maior parte do ano) neste belo dia de Setembro ( a luz deste mês é a mais bonita ) . Amanhã conto retomar os treinos de corrida com a esperança de na sexta meter 25km nocturnos com alguns "ultras" do PR, a ver vamos.
Até breve.
PS - Só coloquei fotografias autorizadas pelos autores.
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